Mato Grosso do Sul teve quatro suspeitos mortos em confrontos com a PM em dois dias

Execuções também marcaram a semana

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Armas de fogo foram apreendidas na residência
Armas de fogo foram apreendidas na residência

Em aproximadamente 48 horas, quatro homens morreram em confronto com policiais militares de Mato Grosso do Sul, dois deles em Campo Grande. A primeira morte foi de José Martins Macedo, de 19 anos, apontado como faccionado do PCC (Primeiro Comando da Capital), no Bairro Santa Emília, no fim da noite de quarta-feira (8).

José foi localizado após a descoberta de um suposto plano de ataque a agentes da Segurança Pública. Policiais do Batalhão de Choque foram até a casa onde o rapaz estava morando, há aproximadamente um mês, e ele teria reagido à abordagem com tiros. Ele foi atingido por disparos feitos pelos militares e não resistiu.

Na casa foram encontradas armas de fogo escondidas embaixo da cama, envoltas em um lençol. Foram apreendidas uma submetralhadora modelo ZK 383, calibre 9 mm com um carregador, uma escopeta calibre 12 e uma pistola 9 mm modelo MC21 com um carregador. Outra pistola calibre 9 mm, que estaria com José, foi apreendida com 7 munições intactas.

Outros dois homens, identificados apenas como A.M.P, de 49 anos e F.R.S., 43 anos, morreram durante o sequestro de um caminhoneiro, para roubo de carga de defensores agrícolas avaliada em R$ 3 milhões. O motorista conseguiu acionar o botão do pânico já nas proximidades de Chapadão do Sul, após ser sequestrado no interior de São Paulo.

Foram horas em poder dos bandidos. Na tarde de quinta-feira (9), os suspeitos entraram em confronto com os policiais após tentarem fugir e acabaram morrendo. Duas armas foram apreendidas com a dupla, que ainda contava com auxílio de outros integrantes da quadrilha para ‘escoltarem’ o caminhão.

A última morte registrada em confronto com a PM foi na noite de sexta-feira (10), no Tijuca. Cleyton Pereira de Lima, de 32 anos, que estava evadido do Sistema Prisional, tentou reagir à abordagem após roubar um veículo da Solurb. A picape foi rastreada e encontrada na casa do suspeito.

Ele tentou se esconder em um terreno e ainda reagiu, atirando com um revólver contra os policiais, que revidaram. Cleyton ainda foi levado ao Hospital Regional, mas não resistiu. Com várias passagens pela polícia, ele virou notícia em 2017 após fugir da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, pela porta da frente.  

Execuções

Campo Grande registrou três execuções em menos de uma semana, entre os dias 2 e 8 de dezembro. As duas primeiras mortes, de Kennedy Gabriel, 21 anos, e Douglas Willian Santos de Almeida, de 24 anos, aconteceram no mesmo bairro, Celina Jallad, região do Portal Caiobá. Kennedy foi morto com três tiros quando estava sentado na frente de casa, na noite do dia 2 de dezembro.

Douglas foi assassinado quando chegou na frente da casa de um amigo, na noite do dia 5. Ele foi surpreendido por ocupantes de um Palio, que atiraram várias vezes. Douglinhas, como era conhecido, ainda foi socorrido e levado para uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos.

Três dias depois, na tarde de terça-feira (8), Eduardo Pereira de Souza, de 19 anos, foi morto com ao menos 10 facadas no Jardim Tijuca. O autor do crime já teria sido identificado e a polícia acredita em vingança. Já na região de fronteira, em Ponta Porã, três mortes foram registradas na quinta e sexta-feira.

Alysson Dias Marques, 34 anos, foi executado por dois homens, que invadiram a residência dele na manhã de quinta. Já Sulino Henrique Marques, de 56 anos, e o filho Adison Aparecido Rodrigues Marques, de 17 anos, foram executados na noite de sexta. Eles estavam em casa quando o assassino chegou atirando.