De acordo com informações da Polícia Federal, ainda será contabilizado valores apreendidos durante a deflagração da Operação Grão Branco, na manhã desta quinta-feira (6), em nove estados brasileiros. Joias, carros de luxo, aeronaves e até hangares foram sequestrados.

Segundo a PF, a quadrilha era muito bem organizada com o núcleo principal na Bolívia, onde ficava o líder, que morava em um condomínio de luxo, e os pilotos que faziam os voos clandestinos, sem plano de voos, mais baixos para não serem pegos pelos radares. Ainda foi descoberto, que os pilotos recebiam por voos cerca de R$ 100 mil, com cargas avaliadas em aproximadamente R$ 8 milhões.

Já no Brasil, haviam os motoristas que faziam o transporte por caminhões que tinham destino como São Paulo, com também o envio de cocaína para a Europa. A quadrilha ainda usava aplicativos diversos de para manter a comunicação sem serem rastreados pela polícia.

Em São Paulo havia galpões que eram alugados pela quadrilha para guardar a droga. Também descobriu-se que os aviões sempre estavam em nome de laranjas, e muitas vezes os ‘donos’ nem sabiam que eram proprietários de aeronaves.

Investigações

As investigações tiveram início em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal e o Gefron (Grupo Especial de Fronteira) de Mato Grosso, apreenderam 495 quilos de cocaína no município de Nova Lacerda, em Mato Grosso. Foram feitos mais de 10 flagrantes com apreensão de aproximadamente 4 toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte e a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com o crime.

Em 2020, por meio da cooperação internacional com a Polícia Boliviana, o líder foi expulso do país e entregue as autoridades brasileiras, iniciando o cumprimento da pena do crime. Seus familiares e outros integrantes da organização criminosa continuaram a comandar a logística de transporte da droga.