Justiça mantém preso motorista que matou dois na Guaicurus ao fugir em Campo Grande

Foi negada a liberdade Vinicius de Oliveira Gonçalves acusado da morte dos amigos Jair Ferreira de 49 anos e Mauro Jorge Pereira Nantes de 54 anos, em um acidente nesta quinta-feira (4), na Avenida Guaicurus, em Campo Grande, mas apesar de negada a sua liberdade, na próxima segunda-feira (8), a defesa deve entrar com pedido […]

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Foi negada a liberdade Vinicius de Oliveira Gonçalves acusado da morte dos amigos Jair Ferreira de 49 anos e Mauro Jorge Pereira Nantes de 54 anos, em um acidente nesta quinta-feira (4), na Avenida Guaicurus, em Campo Grande, mas apesar de negada a sua liberdade, na próxima segunda-feira (8), a defesa deve entrar com pedido da revogação da prisão preventiva decretada nesta sexta-feira (5).

O advogado de defesa, Marcos de Jesus Assis disse ao Jornal Midiamax que seu cliente afirmou que estava a 80 km/h e que já vinha sendo ameaçado de morte pelo ex-marido da mulher com quem estava há algum tempo, e que as ameaças estavam sendo feitas pela rede social Instagram.

“Qualquer um que se sentisse ameaçado também fugiria correndo”, disse o advogado que afirmou que Vinicius não tinha intenção de matar ninguém, mas que estava com medo por que quando foi abordado o homem fez menção de estar armado. O advogado ainda disse que Vinicius tem bons antecedentes criminais, residência fixa e trabalho, ele seria motorista de aplicativo.

O magistrado que presidiu a custódia de Vinicius seguiu o parecer do MP determinando a prisão preventiva, “Verifica-se, in casu, pelas condições do delito, em especial pela natureza do crime, praticado na direção de veiculo automotor em alta velocidade pelas vias da cidade, ocasionando acidente com duas vítimas fatais em outro veículo, bem como pela ausência de comprovação de trabalho lícito e residência fixa, não ser recomendável a concessão de liberdade provisória”.

“Ressalto, outrossim, embora haja Recomendação do Conselho Nacional de Justiça acerca da máxima excepcionalidade na decretação de novas ordens de prisão preventiva no Período de Pandemia, verifica-se, in casu, o fato do crime ter sido praticado mediante excesso de velocidade, durante o dia, em via pública da cidade, de modo que infiro não ser recomendável a concessão de medidas cautelares mais brandas”.

O MPMS (Ministério Público Estadual) pediu pela prisão, “é evidente que um crime desta natureza – duplo homicídio – mormente nas circunstâncias em que ocorrera – alta velocidade em via pública de grande fluxo de veículos – traz em seu bojo inquietação e insegurança no trânsito à sociedade, pois a desestrutura, por isso, exige-se resposta rápida, eficiente e eficaz do Poder Judiciário a fim de se evitar sensação de impunidade, temor no seio da coletividade e descrédito dos poderes constituídos”.

Por fim, “Aliás, cumpre asseverar que a segurança no trânsito é um bem comum nos termos do § 2º, do artigo 1º, do Código de Trânsito Brasileiro, que a todos pertencem, sendo necessário o seu equilíbrio para viver-se em comunhão, devendose, por consequência, resguardar, por ora, a ordem pública que à toda evidência ficou abalada com o fato”.

O acidente aconteceu durante uma perseguição do ex-marido a mulher, na Avenida Guaicurus. Jair e Mauro  estavam na Guaicurus quando o Gol estava fugindo da perseguição e atravessou a avenida acertando o veículo. Com o impacto, as vítimas que estavam com cinto de segurança foram lançadas para o banco traseiro. Eles morreram no local antes da chegada do socorro. O motociclista que provocou o acidente fugiu.

Segundo testemunhas que estavam no local, o motociclista que estava perseguindo a ex levou a mulher do local do acidente. Um borracheiro, que presenciou o acidente, disse ao Jornal Midiamax que depois do acidente o homem que estava na motocicleta ficou discutindo com a mulher falando, “Você viu o que você fez?”. Em seguida ele a levou do local.

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