Inicialmente denunciado pelo homicídio de João Vitor Paixão Lopes, 17 anos, ocorrido em 8 de junho de 2020, homem de 31 anos acabou impronunciado do crime com outros dois supostos comparsas. No entanto, ele foi condenado pelo porte ilegal de arma de fogo.

Conforme a sentença, assinada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o homem foi condenado a 1 ano de detenção e pagamento de 10 dias-multa pelo porte ilegal de arma. A pena será cumprida em regime aberto.

Impronúncia

Em março, foi publicada a sentença de impronúncia contra os três réus, de 31, 40 e 24 anos, acusados do homicídio de João Vitor. Conforme a peça, o adolescente morava sozinho em Campo Grande e era amigo do réu de 24 anos. Por acreditar que o adolescente estaria tendo um caso com a namorada dele, teria reunido os outros dois réus e também dois adolescentes para cometerem o crime.

Assim, todos foram até a casa do homem de 30 anos, onde teriam buscado o revólver e ele teria sido quem atirou contra João Vitor, ferido com um tiro na cabeça e arrastado até o córrego. Os acusados foram identificados e presos preventivamente.

Na sentença, o juiz afirma que não há indícios suficientes das autorias atribuídas aos acusados porque os depoimentos colhidos não trouxeram elementos suficientes para pronúncia. Com isso, os três foram impronunciados, por não haver indícios suficientes de relação com a morte de João Vitor.

Relembre o caso

A mãe do adolescente, de 37 anos, procurou a polícia para relatar o desaparecimento do jovem. Segundo ela, João Vitor saiu de casa na noite de domingo – 7 de junho de 2020 – e não tinha voltado. A mulher chegou a relatar que ele era usuário de drogas.

A mulher também contou que um homem pagava João com drogas para que ele vigiasse a esposa dele, sob suspeita de traição. Já na noite de quarta-feira, o corpo do adolescente foi encontrado no córrego. Equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e foram até o local e o corpo foi removido ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).

Com as primeiras informações do corpo localizado no córrego, equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações) iniciaram as investigações. A família de João Vitor teria recebido a localização do corpo do adolescente através de um perfil falso no Facebook. Em diligências, os policiais chegaram até o homem de 31 anos, que morava na frente do córrego.

O suspeito assumiu participação no crime. Ele ainda contou que teria ido com o rapaz de 24 anos, que era quem pagava João Vitor com drogas para vigiar a esposa, e outros suspeitos até um local para verem o endereço de um “talarico”. Com a dupla, foram o pai do rapaz de 24 anos, um homem de 40 anos, além dos dois adolescentes de 17 anos.

A partir daí, o grupo foi até a casa do homem de 30 anos, onde João Vitor foi assassinado. O adolescente foi morto com um tiro de arma calibre 32. Em seguida, os envolvidos no crime puxaram o corpo da vítima para dentro do córrego.