Familiares protestam na Gameleira enquanto presos fazem greve de fome

Desde segunda-feira (15), alguns internos no Presídio de Regime Fechado da Gameleira, a ‘nova Máxima’, estão em greve de fome exigindo melhorias e atendimento. Na quarta-feira (17) e também nesta quinta-feira (18), familiares fazem manifestação pacífica do lado de fora, passando o dia todo na frente da unidade. A advogada Cibelly Bezerra, de 30 anos, […]

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Desde segunda-feira (15), alguns internos no Presídio de Regime Fechado da Gameleira, a ‘nova Máxima’, estão em greve de fome exigindo melhorias e atendimento. Na quarta-feira (17) e também nesta quinta-feira (18), familiares fazem manifestação pacífica do lado de fora, passando o dia todo na frente da unidade.

A advogada Cibelly Bezerra, de 30 anos, que atende aproximadamente 10 internos da Gameleira afirmou que também há uma manifestação pacífica dentro do presídio, que seria a greve de fome que alguns internos fazem. “Estamos requerendo os direitos que estão sendo violados, não está entrando advogado”, afirmou.

Ainda conforme a advogada, eles exigem o cumprimento dos direitos humanos. Os familiares dos internos alegam que os presos estão sem alimentação, sem colchão, remédios ou até mesmo cobertor. Conforme a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), a alimentação é entregue três vezes ao dia por empresa terceirizada e feita conforme indicação de nutricionista.

Familiares protestam na Gameleira enquanto presos fazem greve de fome
(Foto: Leonardo de França, Midiamax)

A esposa de um dos detentos, de 29 anos, disse ao Midiamax que falta comida, colchão, que não deixam entrar os medicamentos, “além da tortura psicológica”, disse. Ainda segundo ela, as visitas estão canceladas. A Agepen esclareceu que as visitas presenciais não estão ocorrendo durante a pandemia, mas é feita videoconferência.

“Presos que chegam estão dormindo no chão, não têm roupa e a família não pode levar. Estão passando fome”, disse a mulher do interno. Já conforme outra familiar, de 42 anos, que foi com o filho de 5 anos ao protesto, eles chegaram às 7 horas e devem sair às 17. “A gente quer o melhor para eles. A reivindicação é pelo mínimo de dignidade. Eles não são cachorros, são gente”, disse.

Já a esposa de outro interno, de 24 anos, afirmou que um advogado saiu da unidade mais cedo e disse que todos os atendimentos foram suspensos porque uma grade teria sido estourada no presídio. No entanto a Agepen informou que, o que houve foi uma movimentação dos presos solicitando atendimento médico a dois internos que estavam passando mal.

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