Em liberdade, filho de massagista que ajudou a esquartejar chargista ‘some’ após se tornar réu

No início de janeiro, Clarice Silvestre de Azevedo, de 44 anos, e o filho João Victor Silvestre de Azevedo, de 21 anos, se tornaram réus pelo homicídio, destruição e ocultação de cadáver do chargista Marcos Antônio Rosa Borges. Desde então, o rapaz não foi localizado para ser citado do teor da denúncia e apresentar a […]

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No início de janeiro, Clarice Silvestre de Azevedo, de 44 anos, e o filho João Victor Silvestre de Azevedo, de 21 anos, se tornaram réus pelo homicídio, destruição e ocultação de cadáver do chargista Marcos Antônio Rosa Borges. Desde então, o rapaz não foi localizado para ser citado do teor da denúncia e apresentar a defesa.

Conforme apurado pelo Midiamax, no dia 15 de janeiro o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, mandou oficial de Justiça citar João Victor do teor da denúncia e intimar para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 dias. Também foi expedido mandado para Clarice que, presa preventivamente, foi intimada.

Já no dia 25 de janeiro, foi emitida certidão pelo oficial de Justiça, esclarecendo que o réu não foi encontrado no primeiro endereço apontado. Assim, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) apontou outro endereço e foi emitido novo mandado em 29 de janeiro.

Mesmo assim, no dia 8 de fevereiro o oficial esclareceu que aquele endereço apontado era da avó de João. Ela disse que o rapaz morou com ela enquanto criança, mas que não vivia mais ali, nem mesmo sabia o endereço atual do acusado. Assim, é aguardado novo posicionamento a respeito da citação do réu.

Homicídio e ocultação de cadáver

A denúncia foi apresentada em 2 de janeiro pelo MPMS. Conforme o relato, na manhã de 21 de novembro de 2020, Clarice matou Marcos na casa, no Bairro São Francisco. Com a ajuda do filho João Victor, ainda destruiu e ocultou o cadáver da vítima.

O relato na denúncia é de que Marcos era cliente da massagista Clarice e mantinha um relacionamento amoroso com ela. No entanto, ele não queria assumir a relação oficialmente, o que incomodava Clarice. No dia do crime, eles combinaram uma massagem e a vítima foi até a casa da autora.

Após a massagem, Marcos foi tomar banho na parte de cima da casa de Clarice. Ao sair, os dois começaram a discutir sobre o relacionamento e Clarice empurrou a vítima da escada. Em seguida, esfaqueou o chargista, o atingindo nas costas e tórax. A denúncia aponta que Marcos permaneceu agonizando no local e Clarice colocou um lençol sobre o corpo dele.

Ela saiu para comprar sacos de lixo, já com a intenção de ocultar o cadáver da vítima e ligou para o filho. O rapaz foi até a casa da mãe e os dois cortaram o corpo de Marcos em várias partes, lavaram e colocaram em sacos e depois em malas de viagem. Mãe e filho levaram o corpo da vítima até o Jardim Tarumã, após pedirem corrida por um aplicativo.

Eles esconderam as malas, esperaram até a madrugada e atearam fogo. Clarice saiu da cidade e só foi presa em São Gabriel do Oeste. Após a prisão, ela confessou que agiu por ódio vingativo e ciúmes da vítima, porque queria que o relacionamento fosse oficializado.

Clarice foi denunciada por homicídio triplamente qualificado, por meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além da destruição e ocultação de cadáver. O filho foi denunciado pela destruição e ocultação de cadáver.

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