A partir de agosto, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) passará usar um equipamento nos motoristas que trafegam pelas rodovias federais que irá detectar a presença de drogas no organismo. O equipamento será usado em e mais outros oitos estados brasileiros, além do Distrito Federal. Em MS, a fiscalização experimental será realizada de 23 de agosto a 10 de setembro.

Haverá duas etapas do teste, sendo que MS está na primeira. A segunda etapa será deflagrada em todos os estados brasileiros, de 20 de setembro a 8 de outubro. O equipamento é capaz de detectar o consumo recente de substâncias psicotivas como anfetamina, clobenzorex, metanfetamina, metilenodioximetanfetamina (MDMA), anfepramona, femproporex, cocaína e Delta-9-Tetrahidrocanabinol (THC).

No ano passado, de acordo com levantamento, foram contabilizados 1.872 condutores dirigindo sob o efeito de drogas, um aumento de 24,8% em relação ao ano de 2019, quando houve 1.499 flagrantes. Este ano, de janeiro a abril, foram feitos 390 flagrantes. A conduta é definida como infração gravíssima no CTB (Código de Trânsito Brasileiro), punida com suspensão do direito de dirigir por um ano, multa de R$ 2.934,70 e retenção da habilitação.

A iniciativa faz parte de um estudo da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que criou um grupo de trabalho para analisar a confiabilidade dos equipamentos – e, assim, definir as especificações técnicas para regulamentar o futuro uso do drogômetro no Brasil.