Corregedor-geral da PMMS diz que oficial da reserva preso não cometeu crime militar

Coronel foi detido acusado de extorsão

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Coronel foi preso em operação
Coronel foi preso em operação

Acompanhando a prisão do coronel da reserva José Ivan de Almeida, corregedor-geral da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) coronel Emerson de Almeida Vicente afirmou que a princípio não houve crime militar. O policial foi preso nesta quarta-feira (26), acusado de extorsão.

“Não caracteriza crime militar, porque não foi no uso da função pública”, afirmou o corregedor. Segundo ele, agora são feitas as oitivas e os presos são ouvidos no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros). Sobre a prisão, o coronel confirmou que, configurado flagrante, José Ivan seguirá para o Presídio Militar.

Com a prisão em flagrante, o coronel Ivan também deve passar por audiência de custódia. Além dele, um policial civil aposentado e uma terceira pessoa foram presos.

Extorsão

Segundo a polícia, as vítimas pegavam o dinheiro emprestado e acabavam sendo cobradas a juros. Nesta ocasião, as vítimas já tinham pagado valor bem maior ao que tinham emprestado e ainda eram cobradas. A polícia aponta que o modus operandi é semelhante a como agiam investigados da Omertà.

Coronel Ivan e o policial civil aposentado, identificado apenas como Reginaldo, eram o ‘braço armado’ da ação, agindo mediante grave ameaça. Com isso, coagiam as vítimas e praticavam a extorsão. Além dos dois, o dono do dinheiro também foi preso.

Os três foram presos em flagrante por extorsão em ação conjunta entre o Garras e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Equipes também fizeram buscas na casa do coronel. José Ivan de Almeida integrou a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul por mais de 20 anos. Atualmente, ele recebe mais de R$ 32,9 mil do Governo, conforme o Portal da Transparência.

Ele comandou a corporação pelo período de 2001 a 2006, durante o governo de Zeca do PT.  Conhecido como Coronel Ivan, ele foi eleito para seu primeiro mandato de deputado estadual com 11.980 votos em 2006, tendo sido votado em todos os 78 municípios de Mato Grosso do Sul. Nas eleições seguintes em 2010 não conseguiu se reeleger sendo nomeado no governo André Puccinelli.

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