Continua atrás das grades advogado preso por pedofilia durante Operação da PF
A ação policial aconteceu na última sexta-feira (3), mas até nesta segunda-feira (6), ele seguia atrás das grades
Arquivo –
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O advogado preso em Campo Grande por pedofilia durante a Operação Lobos II, continua encarceirado, de acordo com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A ação policial aconteceu na última sexta-feira (3), mas até nesta segunda-feira (6), ele seguia atrás das grades.
A operação cumpriu 104 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva em 20 estados, além do Distrito Federal. O advogado foi preso por envolvimento com produção, divulgação e armazenamento de conteúdo de pedofilia.
A OAB/MS destaca que segue acompanhando o caso de perto, instaurando processo ético que poderá, dependendo do que for apurado, haver a suspensão preventiva do exercício profissional, mas adianta que o procedimento segue em sigilo por envolver crianças no caso.
De acordo com a Polícia Federal, foram 55 cidades alvos da operação, sendo que todos os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, resultando ainda em 18 prisões em flagrante por armazenamento e compartilhamento de material de pornografia infantil. Também foram confirmadas 7 prisões preventivas.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o grupo tinha divisão de tarefas para a produção das imagens, e os sites eram utilizados por mais de 1 milhão de usuários. Os mandados foram cumpridos em Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
As investigações apontaram que o grupo utilizava a deep web para a propagação de material de abuso sexual infantil no Brasil e em diversas partes do mundo. Os criminosos atuavam com divisão de tarefas, como administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material e disseminadores de imagens.
Isso tudo com a finalidade de produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários sobre abuso sexual de crianças e adolescentes. O grupo ainda alimentava a demanda por esse tipo de material. Um brasileiro que utilizava a deep web para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores foi identificado pelos agentes.
Temáticas
Os sítios e fóruns da dark web eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas.
Os sites eram utilizados por mais de 1,8 milhão de usuários, em todo o mundo, para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, dando a dimensão da necessidade do enfrentamento aos principais fomentadores deste tipo de conduta delituosa.
Os crimes investigados na Operação Lobos II são a venda, produção, disseminação e armazenamento de Pornografia Infantil (arts. 240, 241, 241-A e 241-B do ECA) e estupro de vulnerável (217-A do CPB), sem prejuízo de outros que possam surgir com a continuidade das investigações.
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