Moradores da Vila Ipiranga, próximo ao Hospital Universitário em Campo Grande, já não sabem mais o que fazer em relação aos constantes furtos de hidrômetros e quadros de luz, que ocorrem com frequência nas ruas do bairro nos últimos meses. Os criminosos aparecem uniformizados, em uma picape com escada, como se fossem trabalhadores, e praticam os furtos. 

Um dos moradores da região, o vendedor Marcos Rodrigues Martins, de 47 anos, relatou que a situação está crítica, pois na quadra onde ele mora quase todos os moradores já foram furtados.

“Estamos sem poder sair de casa, não estamos tranquilos por conta disso. Todos os dias é um furto diferente, ou é o hidrômetro da parte da água, ou o leitor da luz”, comentou Marcos.

Ele disse, ainda, que os criminosos aparecem com se fossem funcionários das concessionárias de água e energia. “Eles já chegam com o carro caracterizado, como se fossem carros de empresa, quando vamos ver, já estão roubando”, relatou.

A vítima conversou com a reportagem e afirmou que podem ser multados pela concessionária de água, por colocar uma grade e um cadeado no hidrômetro para não ser roubado. “Fomos alertados pela concessionária que não poderíamos colocar o cadeado, pois eles poderiam multar a gente por conta disso, mas não temos respaldo nenhum para ter segurança para deixar o hidrômetro na rua do jeito que eles pedem para deixar”, comentou indignado.

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Foto: Marcos Tenório, Midiamax

“Quase todos os dias um vizinho é furtado, e não temos nenhuma garantia das autoridades e nem das empresas fornecedoras de água e luz”, afirma Marcos.

“A situação está tão crítica que estamos pensando em contratar um segurança para ficar cuidando da rua 24h, pois já teve vizinhos assaltados e rendidos quando foram atender os supostos prestadores de serviço”.

Os criminosos não têm um horário específico para atuar e agem de forma que os moradores só percebem o ato criminoso depois que ele ocorreu. “Eles são cuidadosos, os bandidos fecham o registro de água para não chamar a atenção, pois fazem de acordo como se fossem prestadores de serviço, tiram e deixam tudo arrumado”, detalhou.

Marcos contou que para restabelecer o serviço, caso não tenha registrado um boletim de ocorrência, a empresa responsável pelo serviço uma multa no valor do equipamento furtado.

Outro relato

 
Um funcionário público, de 49 anos, morador do bairro há 2 meses, relatou que em pouco tempo na região já deu para sentir a falta de segurança. 
 
“São constantes roubos de hidrômetros e fios de residências não ocupadas. Muitas ruas sem iluminação, a rua onde moro tem iluminação precária, lâmpadas antigas e queimadas”, comentou. Ele disse, ainda, que as pessoas vivem em clima de insegurança naquela região.