Vicente Rodrigues Junior, de 33 anos, executado na madrugada de domingo (6) na região de fronteira, foi preso em 2018 durante as investigações da morte de Wescley Vasconcelos Dias. O policial civil foi assassinado a mando de Minotauro, considerado na época liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo apurado pelo Midiamax, aproximadamente uma semana após o assassinato de Wescley, Vicente foi preso durante uma operação. Equipe do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) foi até a casa do acusado e o prendeu, junto com o pai. Na casa foram apreendidas armas de fogo e munições, além de um veículo.

Conforme apontado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), pai e filho eram investigados por associação criminosa para o tráfico de drogas, bem como crimes de pistolagem. Eles foram acusados de envolvimento com a morte do policial civil Wescley na época.

Assassinato em 2018

Wescley estava em uma viatura descaracterizada em Ponta Porã, onde era lotado, junto com uma estagiária da Polícia Civil, quando foi abordado por dois homens em um Honda Civic. O veículo emparelhou e os autores desceram, executando o policial com tiros de fuzil AK 47 e 762. Em seguida, os suspeitos fugiram.

Nas investigações, foi descoberto que o mandante do crime era Sérgio de Arruda Quintiliano, o Minotauro, então liderança do PCC na região de fronteira com o Paraguai. A suspeita era de que o investigador teria descoberto a real identidade de Minotauro, que usava um nome falso.

Um homem acusado de ser um dos pistoleiros que matou Wescley chegou a ser preso ainda no mês de março, com a esposa, que também teria participado do crime.

Execução em festa

Três pessoas foram assassinadas enquanto participavam de uma festa em Sanga Puitã, distrito de Ponta Porã. As vítimas foram identificadas como Lucimara Porto Colman, de 25 anos, Maicon Douglas Moura, de 22 anos, e Vicente. Um outro rapaz de 26 anos ficou em estado grave e foi levado ao hospital.

De acordo com a Polícia Civil, testemunhas relataram que por volta das 2 horas dois veículos de cor escura estacionaram na frente da residência onde acontecia a festa. Em seguida, pistoleiros armados desceram dos carros e invadiram o local. Eles atiraram mais de 60 vezes e Maicon morreu ainda na garagem.

Júnior foi baleado e caiu morto na varanda, enquanto Lucimara chegou a ser socorrida, mas morreu enquanto era transportada ao Hospital Regional de Ponta Porã. No local a Perícia encontrou 36 cápsulas de fuzil calibre 5.56mm, 21 cápsulas de calibre 9mm, e 7 de calibre 380 espalhadas pela garagem, varanda e fundos da residência. O caso é investigado como homicídio simples.