Após ser presa por dopar clientes durante sexo, Miss Transex de MS perde título

Teve conduta irregular perante a lei, informou a organização do concurso

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A Miss Transex Brasil, Mikaelly da Costa Martinez perdeu o título de Miss, informou a organização do concurso. Ela já respondeu pelo crime de homicídio em 2015, quando chegou a ser presa em Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, após matar uma colega com golpes de canivete.

Mikaelly foi presa no último domingo (28), em uma praia do Rio de Janeiro acusada de dopar clientes após o sexo. Ela é apontada como chefe de uma organização que atraía as vítimas através do perfil que tinha no Instagram. 

A organização do concurso revelou, nessa segunda-feira (29), ao Jornal O Globo, que Mikaelly perdeu o título de Miss 2019. “A organização do concurso comunica que a miss de 2019, Mikaelly Zanotto, perdeu o seu título devido à conduta irregular perante a lei. A atitude isolada dela (caso único em 27 anos) não reflete a nossa filosofia de empoderamento e visibilidade positiva”, informou em comunicado divulgado nas redes sociais.

Golpes em clientes

Mikaelly foi presa na praia de Ipanema e levada para a 16ª Delegacia de Polícia Civil do Rio de Janeiro, onde foi acusada de atrair os homens através do seu perfil no Instagram e, ao chegar a motéis, dopá-los para furtar celulares, relógios e cartões de débito e crédito. O delegado Leandro Gontijo disse ao Jornal O Globo que uma das vítimas da transexual contou que conheceu Mikaelly em um bar, em junho deste ano. Ele contou na delegacia que na saída do bar, quando os dois entraram no carro dele em direção a um motel, ela teria lhe dado uma lata de cerveja com algum tipo de substância. A vítima ainda disse que ao acordar percebeu que estava sem a carteira e o celular. 

Quando questionou a transexual, ela teria surgido no quarto com seu comparsa fugindo em seguida. Dias depois, a vítima percebeu que foram feitas três transações financeiras de R$ 6 mil e uma tentativa de empréstimo de R$ 5 mil. Segundo as investigações, Mikaelly usava vários nomes, o que dificultava sua identificação. Em Mato Grosso do Sul, Mikaelly tem 17 passagens por furto, além de dano e receptação. 

Assassinato de Verônica Bismarchk

Verônica foi encontrada morta na BR-163, na madrugada do dia 1º de janeiro de 2015. Ela tinha um ferimento de canivete no pescoço, que foi desferido por Mikaelly. Na época, Mikaelly disse em depoimento que estava em uma festa quando recebeu um telefonema de Verônica, que cobrava uma dívida e marcou um encontro às margens da rodovia. Mikaelly foi de táxi até o local, acompanhada por um amigo, e encontrou Verônica acompanhada por mais duas travestis, sendo uma delas identificada como Bárbara. 

Quando desceu do táxi, Mikaelly afirma que passou a ser agredida pelas três, tendo sua peruca cortada com um canivete. A transexual teria conseguido pegar o canivete de uma das travestis, passando a golpear a vítima. 

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