Servidor viajava à noite e alterava km para usar veículo do Ministério da Saúde no narcotráfico

O servidor público federal preso na noite de terça-feira (26) pela Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado),  transportando 300 quilos de maconha em uma viatura da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), adulterava a quilometragem do veículo para não levantar suspeitas. A delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, acredita que o mot…

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O servidor público federal preso na noite de terça-feira (26) pela Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado),  transportando 300 quilos de maconha em uma viatura da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), adulterava a quilometragem do veículo para não levantar suspeitas.

A delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, acredita que o motorista de 54 anos, que tinha a função de transportar equipes de vacinação na região de Dourados, vinha agindo semanalmente, há aproximadamente 1 ano

Ele saía de Campo Grande e ia prestar serviço em Dourados. De lá, ia até Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, carregava a droga na caminhonete e retornava para a Capital. “Em cerca de 5, 6 horas, ele fazia a rota”, explicou a delegada.

Para passar despercebido, costumava viajar de madrugada e aproveitava que estava em uma viatura oficial para não ser parado em barreiras policiais. Após as entregas, ele adulterava a quilometragem e ninguém desconfiava, até porque gozava de prestígio com mais de 30 anos de serviços prestados.

De forma estratégica, ele fazia o transporte especificamente de madrugada, pois durante o dia cumpria o expediente de trabalho. “Na questão da quilometragem, não era visível o prejuízo, pois além da adulteração, o combustível era pago pelo traficante que contratava ele”, pontuou Medina.

A delegada lembrou que as investigações duraram aproximadamente 15 dias, mas foram intensas, tendo em vista que a denúncia era imprecisa. “Informaram apenas que tinha um servidor que fazia esse percurso para buscar a droga, mas não disseram se era servidor federal, estadual ou municipal, e nem deram um sinal de qual horário poderíamos encontrá-lo. Precisamos cruzar várias informações”.

O suspeito foi preso na região de Anhanduí em Campo Grande, prestou esclarecimentos à Deco e em seguida foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal, onde encontra-se recolhido aguardando a audiência de custódia. Medina disse que a Deco segue com as investigações para tentar descobrir mais envolvidos.

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