Nesta segunda-feira (16), foi publicado no Diário Oficial do Estado o retorno para a reserva remunerada do oficial Wilgruber Valle Petzold. O sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul é um dos réus pela Operação Piromania, que desmembrou grupo formado por oficiais e faccionados do PCC (Primeiro Comando da Capital).

A publicação é assinada pelo diretor-presidente da Ageprev (Agência de de Mato Grosso do Sul) e retorna, a pedido, o sargento para a reserva remunerada. Conforme o site da transparência do Estado, Wilgruber atualmente recebe salário de R$ 7.629,12.

PMs que atuavam no contrabando

A Operação Trunk aconteceu em julho de 2019, ocasião em que o policial Maurício Brandão foi detido. Isso aconteceu após a Polícia Federal descobrir que ele havia cobrado R$ 200 mil para liberar a carga de cigarros em 2018. Ainda conforme a polícia, ele teria agido em conjunto com Wilgruber, Rafael Preza e Rafael Leguiça.

Já em novembro do mesmo ano, o grupo teria interceptado uma carga de uma carga de essência de narguilé e liberado o motorista, informando no boletim de ocorrência que ele teria fugido. Então, em 23 de fevereiro de 2019, o mesmo grupo apreendeu uma carga de brinquedos e artigos de pesca, levados por um motorista sem a documentação necessária.

Também não foi feito boletim de ocorrência e o grupo se apropriou dos bens. Já em 12 de março de 2019, os mesmos militares também forjaram uma fuga de dois criminosos. Tal ato mais tarde resultaria no cumprimento de 52 mandados pelo (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) na Operação Piromania.

Então, em julho Maurício foi preso na Operação Trunk e, mesmo assim, em 4 de setembro de 2019 o (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aponta que Wilgruper e Rafael Leguiça, acompanhados ainda de um terceiro militar, detiveram uma carga na BR-060. Assim, o motorista transportava aparelhos eletrônicos sem nota fiscal e teve a carga apreendida, sem que o boletim de ocorrência fosse elaborado.

Com isso, o homem desconfiou e procurou a Corregedoria da Polícia Militar, o que acabou também resultando em uma operação em 26 de setembro de 2019, pela própria Polícia Militar. Esta, denominada Ave Maria, prendeu seis militares que estariam envolvidos nos esquemas de corrupção, interceptação das cargas e recebimento de propinas.