Mais de R$ 1 bilhão de prejuízos teve a máfia dos cigarreiros depois de várias operações deflagradas contra o contrabando, em Mato Grosso do Sul. Em uma operação conjunta entre a PF () e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) deflagrada nesta quinta-feira (5), cinco policiais rodoviários federais foram presos suspeitos de facilitarem a entrada e saída de cigarros contrabandeados.

Em coletiva na Superintendência da Polícia Federal, o delegado Cleo Mazzoti da PF, disse que são três grupos que atuam no contrabando de cigarros, sendo um denominado ‘Máfia dos Cigarreiros', o outro ‘Grupo do TT', e um terceiro ‘Grupo do Cromado', e que eles usavam as mesmas rotas para o transporte da carga passando por Mato Grosso do Sul.

As operações conjuntas deflagradas nesta quinta (5) seriam desdobramentos de operação antigas, Nepsis, que foi deflagrada em 2017 em duas fases, Teça em agosto de 2019 e Trunk deflagrada no dia 31 de julho também de 2019, onde foram detectados que policiais haviam sido cooptados para integrarem a quadrilha e facilitarem para os contrabandistas.

De prejuízo, os contrabandistas tiveram na Operação Nepsis, que foi deflagrada em 2017, R$ 1 bilhão e 500 milhões, com as cargas apreendidas. Na Operação Teça foram 30 presos, sendo que na foram 26 pessoas presas e a apreensão de mais de R$ 70 milhões.

Durante as investigações das operações Managers e Cem Por Cento, em 2019, foi descoberto um caderno onde os integrantes das quadrilhas tinham as escalas de serviço dos policiais rodoviários federais, que eram classificados nas anotações como ‘bons', os que deixavam passar as cargas, e ‘ruins' que seriam os que não deixavam passar os contrabandos.

Cinco policiais rodoviários federais foram presos na manhã desta quinta (5), suspeitos de facilitarem a entrada de contrabando de cigarros no Estado. Um dos policiais presos havia sido solto recentemente após sua prisão, que não teve detalhes divulgados e nem o ano em que foi detido. Um dos policiais teria ingressado na instituição em 1994, outro em 1996, e um em 1999, o outro policial preso estaria na instituição desde 2011. Os nomes não foram divulgados.

A operação cumpriu mandados contra cinco ‘gerentes' das quadrilhas alvo, além de afastar sete policiais envolvidos no esquema. A operação que também teve cumprimento de mandados no encontrou mais de 40 documentos de imóveis, o indicaria lavagem de dinheiro que também será investigada.

Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão, nas cidades de Naviraí, Jutí, Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Dourados, e Umuarama, Paraná. Cerca de 80 policiais participam da operação.