A Polícia Nacional paraguaia está se preparando para entrar no presídio de Pedro Juan Caballero, na fronteira com a 346 quilômetros de Campo Grande, após 75 membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) fugirem por um túnel escavado, no dia 19 deste mês.

Informações são de que a força tática da polícia paraguaia dará apoio na operação esperando, apenas, um agente do Ministério Público para entrar na penitenciária. Os motivos para a entrada da polícia no estabelecimento penal não foram revelados, segundo o site ABC Color. Cogitou-se até a suspensão das visitas aos presos, nesta quinta-feira (23), que posteriormente foi liberado.

Camila Rojas, do Tesouro, irá comandar a busca dentro da penitenciária. A movimentação acontece logo após Cristian Javier Benítez Vera mudar sua versão fornecida a polícia dizendo que foi obrigado a mentir em depoimento acusando os agentes. Na antiga versão dada por ele, os chefões do PCC haviam fugido pelo portão principal da penitenciária, e que ele havia sido ‘coagido' a entrar no buraco. Os agentes teriam sido coniventes com a fuga dos detentos.

Mas, agora na nova versão contada, ele teria sido agredido para dizer que os agentes haviam ajudado na fuga dos membros da facção criminosa. Nesse novo depoimento, Cristian contou que todos fugiram pelo túnel escavado, e que os portões teriam sido abertos pelos próprios fugitivos e não pelos agentes.

Recapturados

Foram recapturados Del Rosario Gómez Armoa, Derlis Marqués González, Sabio Darío González Figueredo, Eduardo Alves Da Cruz, Ronal Francisco Brítez López, Orlando Manuel Torres Verón, José Enrique Ullón Duarte.

Nova direção

Após a fuga em massa um novo diretor foi nomeado para o cargo, na penitenciária. Foi nomeado pelo Ministério da Justiça, Teófilo Baez Zacarias. A nomeação é temporária e acontece após três dias da fuga de 75 membros do PCC. 32 agentes e o ex-diretor da penitenciária, Christian Gonzales foram detidos e tiveram sua prisão decretada na noite de terça-feira (21).