PF cumpre mandados contra policiais civis que recebiam propina da Máfia dos Cigarreiros em MS
Na manhã desta quinta-feira (28), equipes da Polícia Federal cumprem 11 mandados de busca e apreensão em Iguatemi, Amambai, Itaquiraí, Naviraí e Ponta Porã, cidades que ficam nas proximidades da fronteira com o Paraguai. A Operação Arithmoi é a 4ª fase da Operação Nepsis, que tem como alvo a ‘Máfia dos Cigarros’, organização criminosa envolvida […]
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Na manhã desta quinta-feira (28), equipes da Polícia Federal cumprem 11 mandados de busca e apreensão em Iguatemi, Amambai, Itaquiraí, Naviraí e Ponta Porã, cidades que ficam nas proximidades da fronteira com o Paraguai. A Operação Arithmoi é a 4ª fase da Operação Nepsis, que tem como alvo a ‘Máfia dos Cigarros’, organização criminosa envolvida em um grande esquema de contrabando de cigarros com apoio de policiais.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã e a ação conta com aproximadamente 60 agentes da PF que devem obter elementos de prova referentes ao pagamento de propina a um núcleo de policiais civis de MS. O esquema foi descoberto a partir da identificação de listas de contabilidade contendo registros de pagamento a alguns policiais civis da região conhecida como “Cone Sul”.
As listas foram encontradas em documentos e celulares apreendidos em posse de membros da organização criminosa que ficou conhecida como ‘Máfia do Cigarro’, alvo da primeira fase da Operação Nepsis, deflagrada em 22 de setembro de 2018. Sete servidores da Polícia Civil foram identificados como possíveis líderes regionais do esquema de distribuição de valores realizados pela “Máfia dos Cigarros” para a facilitação do contrabando, sendo que cinco deles tiveram a suspensão da função pública decretada cautelarmente pelo juízo, enquanto outros dois já estão aposentados.
A organização criminosa investigada na Operação Nepsis formou um verdadeiro consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai, a qual se estruturava em dois pilares: um sistema logístico de características empresariais e, ainda, a corrupção de policiais para facilitar o esquema criminoso.
A operação foi denominada “Arithmoi”, o que significa “Números” em grego e remete à contabilização de vantagens indevidas encontradas nas listas de pagamento.
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