Cinco policiais rodoviários federais foram presos na manhã desta quinta-feira (5), suspeitos de facilitarem a entrada de contrabando de cigarros no Estado. Nove cidades de Mato Grosso do Sul foram alvo da operação, que foi deflagrada pela PF (Polícia Federal) em conjunto com a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Um dos policiais presos nesta quinta (5) havia sido solto recentemente após sua prisão, que não teve detalhes divulgados e nem o ano em que foi detido. Um dos policiais teria ingressado na instituição em 1994, outro em 1996, e um em 1999, o outro policial preso estaria na instituição desde 2011. Os nomes não foram divulgados.

As operações denominadas Managers e Cem por Cento, foram deflagradas contra servidores públicos federais suspeitos de corrupção. A operação também é contra o contrabando de cigarros. Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão, nas cidades de Naviraí, Jutí, Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Dourados, Campo Grande e Umuarama, Paraná.

A organização criminosa movimentava milhares de carretas de cigarros para diversos estados. Os integrantes do esquema cooptaram servidores públicos, em especial policiais rodoviários federais, para facilitar o tráfego do contrabando. O esquema contava com pessoas, que ocupavam a função de gerentes, comandando as redes de transportadores, batedores, olheiros e fazendo contato com os “garantidores”.

Cerca de 80 policiais participam da operação. A operação é uma continuação de outras investigações.

Policiais presos por corrupção

Três sargentos e três cabos da polícia rodoviária estadual foram presos por suspeita de participação em um esquema de contrabando de cigarros, vindo do Paraguai. Um dos policiais presos seria o chefe do esquema. Os policiais facilitavam a passagem das cargas de cigarro em troca de dinheiro. Eles recebiam mesadas de R$ 5 mil em média e, em alguns casos, chegavam a receber R$ 50 mil dependendo do tamanho e valor da carga que liberavam.