Mantida prisão de mulher que participou de assassinato de idosa
A 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou habeas corpus a Sherry Silva Maciel, acusada do assassinato da idosa Lídia Ferreira de Lima, 61 anos, em fevereiro de 2017. Karina Beatriz Ferreira de Lima também responde pelo crime. Conforme decisão, a defesa de Sherry recorreu pedindo revogação da […]
Arquivo –
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A 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou habeas corpus a Sherry Silva Maciel, acusada do assassinato da idosa Lídia Ferreira de Lima, 61 anos, em fevereiro de 2017. Karina Beatriz Ferreira de Lima também responde pelo crime.
Conforme decisão, a defesa de Sherry recorreu pedindo revogação da prisão preventiva ou substituição por medidas cautelares em razão do coronavírus (Covid-19), conforme recomendação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que orientava sobre a revisão da necessidade da manutenção da custódia neste período de pandemia.
No entanto, o desembargador Jonas Hass Silva Júnior lembrou que tal recomendação, não sugeriu, de forma indiscriminada, a soltura de presos pelo risco de contágio. “Assim, sendo demonstrada de forma fundamentada a necessidade da custódia, não há falar no desencarceramento da paciente”, afirmou em sua decisão.
O Crime
O corpo carbonizado foi localizado as margens da MS-162 em Maracaju – a 162 km de Campo Grande. As investigações tiveram início sem a devida identificação, mas após um ano, um familiar realizou confronto das impressões digitais e foi possível identificar a vítima.
Diante das provas, a polícia representou pela prisão de Karina e Sherry, que foram cumpridas entre os meses de abril e maio de 2019, com o desfecho do caso e conclusão do inquérito pela delegacia de Maracaju. Elas foram interrogadas e nos depoimentos imputam uma a outra a autoria do crime.
Durante o trabalho policial foi apurado que a vítima estaria passando por problemas psicológicos devido a uma doença que enfrentava, aliada a dor que sentia com a morte da mãe.
Foi nessa época, em um centro religioso, que a idosa conheceu Karina Beatriz, que aproveitou da fragilidade mental da vítima e a levou para sua casa, na cidade de Sidrolândia. A mulher sabia que a idosa possuía uma aposentadoria e era herdeira de um espólio.
Com o tempo, Karina ganhou a confiança de Lídia, a passou a cuidar dos assuntos particulares da vítima, como transações e saques bancários. A vítima morou na residência da Karina por mais de dois anos e era mantida trancada em um quarto, que ficava nos fundos da casa.
A história mudou quando a família de Lídia ingressou com ação de interdição. Karina previu a possibilidade de ser responsabilizada por vários crimes e iniciou seu plano para matar a vítima. Ela chegou a relatar para a família, que a idosa tinha namorado em Maracaju e estaria indo morar com ele.
Após, Karina e Sherry deram uma substância que fez a vítima dormir, e em seguida a enrolaram em plástico filme, o que levou a vítima a morte por asfixia. Depois, colocaram o corpo no banco da frente do carro de Karina e percorreram vários quilômetros pela rodovia até chegar próximo a Maracaju. Elas desceram o corpo do veículo, jogaram substância inflamável e atearam fogo para dificultar a identificação.
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