Uma força-tarefa coordenada pela incinerou mais de 85 milhões de cigarros contrabandeados, que foram apreendidos ao longo do ano em Mato Grosso do Sul e . A ação teve apoio do FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade) e começou na quinta-feira (3).

A carga, avaliada em cerca de R$ 21,25 milhões, foi transportada em sete carretas – cinco partiram de Mundo Novo, com 77 toneladas, e outras três saíram de Guaíra (PR), com 42 toneladas – até a unidade da Receita Federal de Foz do Iguaçu (PR), que conta com equipamento específico para a eliminação de grandes quantidades de cigarros, sem causar prejuízo ao meio ambiente.

Pela natureza e atratividade do produto para o crime organizado, a operação foi sigilosa. “A Alfândega de Mundo Novo, em 2020, já recebeu e processou cerca de 45 milhões de maços de cigarros apreendidos pelos diversos órgãos que atuam no combate ao contrabando, um aumento de pelo menos 50% quando comparado ao ano anterior”, diz Rodrigo de Almeida Lara, Auditor-Fiscal Chefe da Equipe de Vigilância e Repressão da Alfândega de Mundo Novo.

“O cigarro representa 85% do total de R$ 220 milhões de mercadorias apreendidas e encaminhadas para a Alfândega em 2020”, completou o auditor.

Perda bilionária

Apenas entre 2019 e 2020, o prejuízo para o crime organizado com as apreensões de cigarros ilegais ultrapassou R$ 2 bilhões, de acordo com a Receita Federal. Neste mesmo período foram destruídas mais de 12 mil toneladas de cigarros, resultado de mais de 400 milhões de maços apreendidos.

Esta é a quinta ação de destruição de cigarros ilegais realizada em 2020 com o apoio do FNCP. O objetivo foi liberar espaço físico nos depósitos das Receitas de MS e do Paraná para a intensificação das ações de repressão e combate ao contrabando.

Contrabando de cigarros em MS

Os estados de MS e do Paraná estão entre os com maior índice de consumo de cigarros ilícitos. Segundo a pesquisa realizada em 2019, 87% de todos os cigarros que circulam no Mato Grosso do Sul são contrabandeados. Apenas naquele ano o mercado ilegal movimentou cerca de R$ 352 milhões no Estado.

Das 10 marcas mais vendidas, quatro são contrabandeadas e juntas respondem por 84% de participação. Entre os municípios mais afetados pelo contrabando estão , , Dourados, São Gabriel do Oeste, Coxim e .