‘Ia roubar meu avião’, alega dono de aeronave brasileira que caiu no Paraguai

Remi David Cassini Neto, dono do avião modelo RV 10 prefixo PT-ZAH que caiu no final da tarde desta terça-feira (23) na Estância Karaí Mbarete, localizada a 95 km da área urbana de Bahia Negra, no Departamento de Alto Paraguay no Chaco Paraguaio, acredita que o piloto que morreu no acidente, identificado como Giuliano Woisky, […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Remi David Cassini Neto, dono do avião modelo RV 10 prefixo PT-ZAH que caiu no final da tarde desta terça-feira (23) na Estância Karaí Mbarete, localizada a 95 km da área urbana de Bahia Negra, no Departamento de Alto Paraguay no Chaco Paraguaio, acredita que o piloto que morreu no acidente, identificado como Giuliano Woisky, iria roubar sua aeronave. O local onde ocorreu o acidente fica próximo a Porto Murtinho e Corumbá. A aeronave explodiu e ficou totalmente destruída.

Muito abalado com o acidente, ele disse que a aeronave estava emprestada para Giuliano Woisky, morador de Jundiaí (SP). Remi disse ao site Ponta Porã News, que Giuliano fazia alguns voos particulares, pois tinha sido demitido de uma grande empresa aérea onde era copiloto.

“Eu estava saindo de Jundiaí onde fui arrumar a tela, este avião começou a apresentar problema de novo. Como eu estava no Vale Eldorado, eu pedi para que ele fosse lá, como ele já estava em São Paulo, pegasse minha máquina e levasse para o Campo de Marte, que eu tinha que resolver usas coisas no Paraná. Como era um menino trabalhador, já tinha sido copiloto da …, não tem porque fazer alguma coisa errada! Ele levou a máquina para o Campo de Marte, e ontem parou de me dar notícia. Hoje já comecei a ficar desesperado, não sabia o que estava acontecendo.  Era para ele trazer a máquina aqui no Paraná, que eu estou ficando em Toledo e ele não me deu mais notícia. E não consegui mais falar com ele. Daí começou a sair notícia de que o avião tinha caído no Paraguai. Eu estou até agora sem saber o que esse menino foi fazer, se ele se desorientou, se ele ia roubar minha máquina”.

Remi contou que funcionários do aeroporto de Tatuí (SP) entraram em contato com ele nesta terça-feira (23) e perguntaram se a aeronave dele tinha sido roubada, pois um piloto que se identificou apenas como Waiss, tinha abastecido a aeronave, estava bastante nervoso e inclusive discutido com algumas pessoas.

Segundo informações, o avião apresentava alguns problemas, mas mesmo assim ele seguiu viagem.  “Ele ia roubar meu avião. Rapaz, eu vou falar para você, eu juntei todas as moedas que eu tinha para comprar este avião. Eu fazia freelance, a gente trabalha. Acabou com meu avião, acabou com meu ganha pão, acabou com tudo uma desgraça dessa ai. Esse cara ia roubar meu avião. Oque ele ia fazer pra lá se a proa (destino) era Toledo? Ia roubar”, disse ele.

Segundo funcionários da fazenda onde aconteceu o acidente, o avião explodiu antes de cair a cerca de 400 metros da casa principal da sede da propriedade rural. Tanto o piloto que ainda não foi identificado oficialmente, porém seria Giuliano Woisky.

A região onde o avião caiu e ficou totalmente destruído, fica perto de Porto Murtinho e Corumbá, na rota da Bolívia de onde partem as cargas de cocaína com direção ao Brasil e para outros países, usando o Paraguai como rota de reabastecimento das aeronaves e ponto de armazenamento do entorpecente.

Informações são a de que o piloto tentava chegar a Ponta Porã, quando aconteceu o acidente. O único plano de voo era para a cidade de Tatuí (SP). O Procurador-Geral e Unidade de Promotoria Criminal e Polícia Nacional foram ao local.

Conteúdos relacionados