Delegado pede por absolvição após ser condenado a 39 anos por estuprar dois adolescentes

Depois de ser condenado a 39 anos de prisão pelo estupro de dois adolescentes, em 2015, o delegado Eder Oliveira Moraes que foi preso em 2019 após o sumiço de 100 quilos de cocaína da delegacia de Aquidauana, a defesa entrou com recurso para absolvição do delegado alegando falta de provas. Já o MPMS (Ministério […]

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Depois de ser condenado a 39 anos de prisão pelo estupro de dois adolescentes, em 2015, o delegado Eder Oliveira Moraes que foi preso em 2019 após o sumiço de 100 quilos de cocaína da delegacia de Aquidauana, a defesa entrou com recurso para absolvição do delegado alegando falta de provas.

Já o MPMS (Ministério Público Estadual) entrou com uma ação para majorar a pena do delegado condenado pelos dois estupros. Os casos aconteceram em Rio Verde, em 2015, sendo que um dos garotos de 14 que foi até a delegacia para prestar depoimento acabou sofrendo o abuso.

Na época, o delegado teria mostrado vídeos pornográficos ao adolescente perguntando se ele já havia feito aquelas coisas e dizendo que pagava para o menino fazer ‘coisas’ com ele mostrando em seguida a vítima seu órgão genital. A avó do adolescente o esperava do lado de fora da sala e foi chamada pelo neto, sendo que um boletim de ocorrência foi registrado pelo crime.

Já a outra vítima era um adolescente que foi apreendido pelo crime de furto e foi obrigado a fazer sexo oral no delegado. Pelo primeiro caso, Eder foi condenado a 18 anos, 7 meses e 3 dias de prisão, e pelo segundo caso a 21 anos, 8 meses e 8 dias de prisão.

Após a condenação foi pedido pela perda do cargo do delegado, que vai poder apelar em liberdade. A defesa de Eder, inclusive, já teria entrado com recurso para que ele seja absolvido.

Carga milionária de cocaína

A cocaína havia sido apreendida no dia 31 de maio de 2019 e ficou por pouco mais de uma semana na unidade. Entre os dias 6 e 7 de junho, metade do material sumiu. No dia 10, foi constatado que os 101 quilos haviam sido levados. A partir de então, a Corregedoria iniciou minuciosa investigação.

Por meio da quebra do sigilo de dados foram descobertas mensagens trocadas por celular que apontam ligação do delegado, como se ele tivesse facilitado a retirada. Além dele, também foram presos uma advogada e o marido dela, um homem dono do automóvel Corolla usado para transportar a droga, a esposa dele e o pai dele, bem como quatro presos por atraso no pagamento de pensão alimentícia e dois presos do semiaberto.

 

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