Defesa questiona juiz e ataca mídia em tentativa de soltar suposto líder do PCC

Advogada de defesa de Ederson Salinas Benitez, paraguaio que usou documento falso para se apresentar à polícia e à Justiça como Edson Barbosa Salinas, fez novo pedido de revogação da prisão. Ederson foi detido durante uma briga de trânsito em 19 de janeiro em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande. Após reviravoltas, a […]

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Advogada de defesa de Ederson Salinas Benitez, paraguaio que usou documento falso para se apresentar à polícia e à Justiça como Edson Barbosa Salinas, fez novo pedido de revogação da prisão. Ederson foi detido durante uma briga de trânsito em 19 de janeiro em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande.

Após reviravoltas, a defesa de Ederson pediu na quinta-feira (6) pela revogação da prisão do acusado, que permanece detido no PED (Presídio Estadual de Dourados). Ele é apontado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e pela Polícia Federal, além da polícia paraguaia como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira.

Apesar dos documentos apresentados, a defesa alega falta de provas cabais a respeito de tal identidade de Ederson. Ele seria sucessor de Minotauro, liderança da facção que atualmente está detido em Presídio Federal e teria deixado o comando a ‘Salinas Riguaçu’, como seria conhecido Ederson.

Na peça, a advogada de defesa chega a falar sobre a apresentação de documento falso por parte de Ederson, que se apresentou como brasileiro quando foi preso. Ela chega a questionar o juiz, se ele “já pensou em se colocar no lugar do acusado, pensou em cogitar que poderia ser perseguido na cidade de origem, ou mesmo por motivos pessoais, que levaram a ter um registro brasileiro…”.

É importante lembrar que o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), mesmo com a informação de que Ederson poderia ser uma liderança da facção, de alta periculosidade, só voltou atrás na concessão de liberdade provisória ao descobrir que ele usava documento falso. Para a promotora, ele teria enganado a todos, desde policiais até o Judiciário.

Na época, o juiz chegou a arbitrar fiança de R$ 80 mil a Ederson e justificou o alto valor por ele ser empresário e também porque portava grande quantia em dinheiro no dia em que foi detido. A decisão foi revogada após o novo pedido do MPMS de prisão preventiva e o dinheiro foi devolvido ao réu, que em poucas horas pagou a fiança, mas não chegou a ser solto.

Nos autos do processo, a defesa ainda informa que o réu não traria prejuízo algum se fosse solto e pontua várias vezes que não há motivação ou provas para que ele seja mantido preso. “A mídia não respeita a dignidade da pessoa humana, não obedece as normas elencadas no nosso códex, escrevem e publicam o que acham interessante para seu ‘Ibope’, afirma a advogada da repercussão do caso.

Por fim a defesa conclui que o caso foi extrapolado por culpa da mídia, uma vez que houve a reprodução dos autos do processo, em que constam o parecer da polícia a respeito de Ederson, que apesar de não ter passagens é investigado por ser liderança de facção criminosa. Isso posto, a defesa pede a revogação de prisão, com ou sem medidas alternativas, com a adoção das medidas cautelares caso a justiça ache necessário.

 

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