Corregedoria revoga afastamento e delegado Obara deve trabalhar no administrativo

Nesta sexta-feira (28), foi publicada no Diário Oficial do Estado a revogação do afastamento compulsório do delegado Márcio Shiro Obara. Ele foi afastado em 23 de junho, após ser preso no âmbito da Operação Omertà, sob suspeita de tentar barrar investigação de homicídio e receber alto valor de organização criminosa para isso. A publicação é […]

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Nesta sexta-feira (28), foi publicada no Diário Oficial do Estado a revogação do afastamento compulsório do delegado Márcio Shiro Obara. Ele foi afastado em 23 de junho, após ser preso no âmbito da Operação Omertà, sob suspeita de tentar barrar investigação de homicídio e receber alto valor de organização criminosa para isso.

A publicação é assinada pelo corregedor-geral Márcio Rogério Faria Custódio e implica que foi revogado o afastamento após a revogação da prisão preventiva de Obara. Assim, ele teve liberdade provisória concedida, com uso de tornozeleira eletrônica e, por isso, foi realocado para funções administrativas.

Com isso o delegado retorna, mas foi removido da 2ª Delegacia de Polícia Civil, onde antes era titular. Assim, conforme assinado pelo delegado-geral Marcelo Vargas Lopes, Obara deve ocupar cargo no DRAP (Departamento de Recursos e Apoio Policial).

Manifestação do MPMS

A liberdade do delegado Obara, que saiu da cela da 3ª Delegacia após pagar fiança e colocar tornozeleira eletrônica, não agradou ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Assim, foi inserida no processo uma ação para que ele seja novamente preso, para assegurar a ordem pública.

Isso, porque Obara tem denúncias por corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. Ele acusado de receber propina no valor de R$ 100 mil para não investigar o assassinato de Ilson Figueiredo. A execução aconteceu na Avenida Guaicurus em 2018.

Ainda segundo o MPMS,  Obara estava impedindo o avanço das investigações a mando de Jamil Name, Jamil Name Filho, Flávio Côrrea Jamil Georges e Fahd Jamil. Também segundo a denúncia, Obara chegou a dizer que esses integram “As duas organizações criminosas mais poderosas do Estado, e que se comunicam entre si”.

Omertà III

O objetivo da terceira fase da Omertà foi de desbaratar organização criminosa atuante em Mato Grosso do Sul, especialmente na região de fronteira, dedicada à prática de crimes. São eles crimes como tráfico de armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro.

Com isso, foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão. Então, foram cumpridos nas cidades de Campo Grande, Ponta Porã, Ivinhema e em Peruíbe (SP).

Assim, foram presos Benevides Cândido Pereira, o Benê, o investigador da Polícia Civil Célio Rodrigues Monteiro, o Manga Rosa, Cinthya Name Belli, também policial civil Frederico Maldonado de Arruda, o Fred.

Além de Elvis Elir Camargo Lima, o ex-deputado estadual e conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) Jerson Domingos, Lucas Silva Costa, o Lukinhas, Lucimar Calixto Ribeiro, o Mazinho, o delegado Obara, Rogério Luis Phelippe e Rodrigo Betzkowski de Paula Leite, o Rodrigo Patron.

Já em Ponta Porã foram alvos Fahd Jamil, o Fuad, o filho dele Flávio Correia Jamil Georges, o Flavinho, que são considerados foragidos. Ainda Melciades Aldana, o Mariscal, Marco Monteoliva e Thyago Machado Abdulahad (que estaria em Ivinhema).

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