Com 31 casos confirmados de coronavírus na Reserva Indígena em Dourados um bloqueio na principal entrada da aldeia Bororó em Dourados acabou virando caso de polícia. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e gerou clima de tensão entre os moradores.

Somente nesta terça-feira (19)  duas ocorrências sobre o mesmo fato foram registradas na Depac  e acabou gerando controversas a respeito das medidas que estão sendo adotadas.

O primeiro a procurar a delegacia foi o líder indígena da aldeia Bororó em Dourados. Segundo a ocorrência registrada, ele teria sido agredido com paulada por duas mulheres que seriam contra o bloqueio que vem sendo realizado na aldeia desde o último sábado (17).

Ontem no final da tarde, conforme ocorrência, a liderança, acompanhado de outros voluntários, orientava os moradores da aldeia quando as mulheres foram até o local, discutiram com ele e acabaram pegando a sua moto.Na delegacia ele relatou que foi xingado e ameaçado, que “um pessoal iria pegá-lo“.

Ainda na mesma tarde ,  uma das mulheres que teria sido denunciada pela liderança indígena,  também procurou a delegacia para apresentar outra versão sobre o caso. No depoimento ela disse que a situação aconteceu de forma diferente e que seu filho é que foi surrado.

Ainda de acordo com a mulher, quando o seu filho já estava em casa, Gaudêncio chegou ao local na companhia de colegas.

Ela disse que questionou a atitude da liderança, momento em que ele teria desferido golpes com pedaço de madeira no braço dela. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa e será investigado pela polícia.