Os dois homens, de 25 e 31 anos, presos na manhã de terça-feira (7) por roubo na região do Piratininga em Campo Grande, mantiveram mulher de 32 anos e o filho, de 14 anos, reféns durante o assalto. Eles disseram que escolheram a vítima aleatoriamente ao verem ela entrar em casa com o carro, usando uma corrente de ouro no pescoço.

Segundo relato da vítima, ela foi deixar o marido no trabalho por volta das 7 horas e, quando voltou para casa, viu os dois homens na motocicleta parados na esquina. Ela achou estranho, mas não suspeitou de roubo. Quando foi entrar com o carro na garagem, foi surpreendida por um deles apontando a arma e batendo na porta, anunciando o assalto.

A vítima contou que foi levada para dentro da casa, onde eles perguntaram se tinha mais alguém no local. O filho, de 14 anos, estava dormindo e foi acordado pelos bandidos. A mãe afirma que a dupla ameaçou cortar os dedos dela e também do adolescente caso ela não abrisse um cofre que teria nos fundo da casa, mas segundo a vítima ela não sabe abrir o cofre, apenas o marido.

Os bandidos pegaram vários objetos de valor, mas assim que saíram da casa foram surpreendidos pelos policiais do 10º Batalhão, que já tinham cercado a área. O homem de 31 anos correu para dentro da casa novamente e estava com o revólver calibre 38. A mulher ficou com medo que ele fizesse alguma coisa com o filho e foi atrás dele, quando o viu falando ao celular, dizendo “que tinha caído”. Em seguida ele ateou fogo no aparelho.

Bandidos ameaçaram cortar dedos de mãe e adolescente feitos reféns em roubo
Foto: Divulgação

Em depoimento, os assaltantes afirmaram que a vítima foi escolhida aleatoriamente. O rapaz de 25 anos tentou dizer que não tinha planejado o assalto e que estava com a arma de fogo porque tinha rixa com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Já o homem de 31 anos revelou que eles se conheciam do presídio e na terça-feira (6) planejaram cometer um assalto.

Um ficou responsável pela arma e o outro pela motocicleta para fuga. Eles afirmam que a vítima foi escolhida aleatoriamente ao verem ela entrando na casa, mas há indícios de que eles já sabiam que no local havia cordões de ouro, sendo um avaliado em pelo menos R$ 7 mil. O homem de 31 anos ainda afirmou que queimou o celular porque tinha fotos íntimas e que tinha ligado para a namorada.

A dupla foi presa com dinheiro, arma e as joias e foi levada para a Derf (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos).