6 anos depois, falso médico vai a júri popular pela morte de paciente que atendeu em hospital

Está agendado para o dia 4 de novembro deste ano o julgamento de Marx Honorato Ortiz, acusado da morte e João Maria Padilha da Silva, na época com 56 anos. A vítima morreu em dezembro de 2014, após receber atendimento no hospital em Paranhos por Marx, que se passava por um médico de Campo Grande. […]

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Está agendado para o dia 4 de novembro deste ano o julgamento de Marx Honorato Ortiz, acusado da morte e João Maria Padilha da Silva, na época com 56 anos. A vítima morreu em dezembro de 2014, após receber atendimento no hospital em Paranhos por Marx, que se passava por um médico de Campo Grande.

Ainda depois de cometer o crime, o falso médico chegou a ficar foragido e teria se escondido na Bolívia. No entanto, acabou localizado e preso por policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio). Assim, a prisão foi feita no Bairro Santa Emília, em Campo Grande, em julho deste ano.

Agora, foi agendado o julgamento de Marx, que acontece às 8 horas, no dia 4 de novembro, na comarca de Sete Quedas. Além do homicídio, ele também responde pelos crimes de exercício ilegal da profissão, falsa identidade e também desobediência.

Morte do paciente

Segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no dia 14 de novembro, Marx atuava no hospital da Paranhos. Isso, se passando por profissional de medicina. Então, naquele dia João procurou a unidade com dores de cabeça e vômito com sangue, sendo feito o atendimento pelo réu, que fez exames.

No entanto, o falso médico alegou que a vítima estava bem de saúde e que poderia ter tido os sintomas por um abalo emocional. Com isso, João voltou a vomitar sangue e retornou ao hospital já em uma ambulância, mas como havia informação que já tinha sido medicado, acabou voltando para casa.

Já no último retorno, às 18 horas, João foi internado pelo falso médico, enquanto a filha pedia transferência da vítima para Campo Grande ou Dourados. Mesmo assim, Marx se exaltou e chegou a dizer que “quem tinha feito medicina era ele e não ela”. Com tudo isso, João acabou falecendo por volta das 22h30.

Descoberta do falso médico

Só em outubro de 2015 a identidade do falso médico foi descoberta, quando o profissional que atuava em Campo Grande procurou a polícia. Assim, ele denunciou que outra pessoa estaria se passando por ele, usando o nome e o registro no Conselho Regional de Medicina para prestar os serviços médicos em Paranhos.

Além disso, o verdadeiro médico chegou a responder à sindicância perante o Conselho pela morte do paciente, que Marx havia atendido. Assim, por entender que Marx assumiu o risco das ações, acabou denunciado por homicídio doloso, aquele em que há intenção.

Ainda após os fatos, João fugiu e só foi preso em 2020. Mesmo assim, também tentou um pedido de habeas corpus, que foi indeferido. Agora, ainda preso, ele será julgado.

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