Professor perde mais de R$ 100 mil após investir dinheiro em financeira e cair em golpe
Professor de 28 anos procurou a delegacia após investir dinheiro em uma financeira com a promessa de que receberia os juros por um período de tempo e no final todo o capital investido. O prejuízo do investimento foi de R$ 30 mil, porém o valor pode passar dos R$ 100 mil se somados os juros […]
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Professor de 28 anos procurou a delegacia após investir dinheiro em uma financeira com a promessa de que receberia os juros por um período de tempo e no final todo o capital investido. O prejuízo do investimento foi de R$ 30 mil, porém o valor pode passar dos R$ 100 mil se somados os juros que ele deveria receber. Um casal que foi indicado por ele teve prejuízos de R$ R$ 83 mil.
A vítima conta que em agosto de 2018 conheceu a autora, ela faz empréstimo pessoal e tem uma loja de empréstimo consignado que fica no Centro de Campo Grande. A vítima começou a fazer investimentos no valor de R$ 8 mil e depois outros valores totalizando um valor aproximado de R$ 27.800, conforme consta no boletim de ocorrência.
A autora informou à vítima que os investimento resultariam em lucros que variam e poderiam chegar a 5% do valor mensal. Conforme informações do professor, nos quatro primeiros meses ele chegou a receber o valor dos juros, inclusive chegou a indicar colegas. Em janeiro deste ano os pagamentos não foram mais efetuados, a estelionatária mudou de endereço e o nome da empresa, mas continuou atuando no ramo.
O golpe
O golpe funcionava da seguinte forma: A pessoa investia na financeira por exemplo, uma quantia de R$ 10 mil em 10 meses. Durante esses 10 meses ela recebia por mês uma porcentagem sobre o valor inicial, após o prazo pré-estabelecido, receberia de volta o valor empregado. A porcentagem variava de acordo com cada contrato.
Conforme boletim de ocorrência registrado em outubro na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, após os atrasos nos pagamentos, a estelionatária alegou que só poderia pagar o valor de R$ 500 a cada 15 dias para a vítima e que ele poderia acionar a justiça, pois era seu direito.
Ele chegou a entrar na Justiça, audiências foram marcadas, mas em nenhum momento a estelionatária foi encontrada para ser intimada. A vítima contou ao Jornal Midiamax que teve acesso a áudios do WhatsApp em que ela pede para uma funcionária pegar uma chave com ela em um local estratégico no Centro, pois não “pode ir até a loja”, devido a presença de um oficial de justiça.
Indicações
Com as promessas de ganhos altos e como os pagamentos dos juros estavam sendo feitos, o professor indicou amigos para participar do investimento. Um casal de amigos de 37 e 41 anos, que terão suas identidades preservadas, também começou a investir em agosto após indicação. A mulher conta que no total ela e o marido tem um valor estimado em R$ 210 mil, já com os juros, para receber.
“Em meados de janeiro ela começou a dar desculpa de que não conseguia receber dos pensionistas, mas que tinha seguro e caso não conseguisse receber, acionaria o seguro para cobrir os gastos com os investidores e pediu para que aguardássemos por 80 dias uteis”.
Em maio deste ano, após várias desculpas da suposta empresária, a vítima entrou em contato novamente, e então a estelionatária admitiu que não tinha seguro e que iria pagar os investidores como pudesse. “Na época meu pai estava com problemas de saúde e tive que vender um carro para poder investir, pois acreditava que com o valor dos juros conseguiria ajudar meus pais”, desabafa.
O casal, registrou boletim de ocorrência e entrou na justiça contra a golpista, o valor dos contratos que ambos fizeram, mais os juros que teriam para receber, somam R$ 210 mil, já que chegaram a pegar contratos com juros de até 42%. “Ela acabou com todas as minhas economias, é uma pessoa dissimulada, começou a mandar uma sequência de desculpas e até mandar áudio chorando”, comenta.
Tanto o professor, quanto o casal, acreditam que o número de pessoas que caíram no mesmo golpe passe de 20. O Jornal Midiamax tentou entrar em contato por telefone com a suposta golpista, porém até o fechamento desta matéria não obteve retorno. Todos os boletins de ocorrência foram registrados como estelionato na Depac Centro.
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