A (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) confirmou que no último final de semana obteve informações sobre um possível plano de fuga de detentos da PED (Penitenciária Estadual de ) e avisou as autoridades necessárias além de reforçar a segurança com parceria da Polícia Militar nas muralhas. Somada a isso, uma movimentação incomum durante visita de familiares também aumentou a suspeita de que algo estava sendo programado pelos presos.

Na manhã desta quinta-feira (17) o Batalhão de Choque da Polícia Militar se deslocou da capital para Dourados onde fez a retirada de presos das celas do raio 2 para que agentes penitenciários pudesses realizar as revistas nas mesmas e foram apreendidas drogas, aparelhos celulares, armas artesanais e até um modem, além de encontrar grades serradas.

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Santiago na PED (Renato Giansante, Midiamax)

Segundo o presidente da Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS) André Luiz Garcia Santiago, que acompanhou a operação na PED, há duas semanas foram apresentadas denúncias para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), para Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) sobre todos os problemas que a PED vem enfrentando. Depois, teve outras denúncias que ele acredita que culminou na ação desta quinta-feira.

“Teve denúncias de rebelião e possível tentativa de fuga em massa como já tinha acontecido recentemente que acredito originou a operação”, disse.

O presidente do sindicato confirmou que houve represálias com a entrada da Choque da PM, mas que depois os ânimos foram acalmados.

“Houve represálias por parte dos presos no raio 2 da facção com batidas de grades e objetos sendo atirados, mas foi controlado. Os policias retiraram os presos e os agentes penitenciários assim puderam entrar nas celas e chegaram a encontrar 20 celulares em apenas uma cela, além de drogas, modem, muitas facas artesanais e grades serradas confirmando essa possibilidade de fuga”, contou.

Para Santiago, a instabilidade de segurança na PED acontece pela falta de agentes penitenciários e de policial militar. “Se resolve convocando todos os aprovados do concurso público, incluindo os remanescentes, para assim liberar os policiais militares das muralhas, mas também a capacitação dos agentes para o uso de arma de fogo, pois não há como fazer o translado destes presos sem a presença da arma de fogo”, relatou o presidente citando que apenas 10 agentes fazem o plantão dos mais de 2,6 mil detentos da PED.