Foi a julgamento na manhã desta terça-feira (15) Wantuir Sonchini da Silva, de 42 anos, acusado de assassinar a ex-sogra Alzai Bernardo Lopes, de 58 anos. O crime aconteceu no dia 24 de dezembro de 2018, após os dois iniciarem uma discussão na casa da vítima, no Bairro Moreninha II.

Ao júri, Wantuir alegou que usava drogas na época do crime. Ele disse que fazia uso de quando tinha 23 anos, depois parou e em novembro de 2018 teria voltado a usar o entorpecente. No dia do crime, ele afirmou que estava sob efeito da cocaína e foi até a casa da ex-sogra para procurar pela filha, de 13 anos.

Wantuir e a ex-mulher se separaram no dia 6 de dezembro, após ele agredir e ameaçar a esposa, que estava grávida de 5 meses na época. A vítima saiu de casa e pediu após registrar boletim de ocorrência contra o ex-marido. Em depoimento ela contou ao júri que saiu de casa porque a filha estava com medo de Wantuir.

Naquele dia 24 de dezembro a filha teria pedido para falar com o pai e a mãe emprestou o celular para ela mandar WhatsApp. Após a conversa, Wantuir foi até a casa da ex-sogra porque achou que a filha dele estaria lá. Segundo ele, ele invadiu a residência pulando o muro porque sabia que a mulher não o deixaria entrar na casa.

Já na residência, Wantuir e Alzai teriam discutido. Ao júri, ele falou que a mulher disse para ele que ele não veria a filha nunca mais, quando ele a agrediu. Ele ainda alegou que não sabia que tinha matado a ex-sogra e que fugiu da casa após asfixiar a vítima e achar que ela tinha desmaiado.

A ex-mulher de Wantuir hoje tem a guarda da filha de 13 anos e também do bebê de 5 meses do casal. Ela contou que ele sempre foi um bom pai, mas que se amava tanto a filha, deveria ter pensado antes de cometer o , já que a menina sofre até hoje com a perda da avó.

Pela ameaça qualificada por violência doméstica, Wantuir cumpriu pena de dois meses e 20 dias. Ele agora é julgado pelo homicídio qualificado por asfixia e a decisão será tomada pelo júri popular.