Após parecer contrário à prisão em casa, defesa de Name quer barrar transferência

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) emitiu parecer contrário sobre o pedido de prisão domiciliar feiro para o empresário Jamil Name, preso desde o dia 27 de setembro quando da deflagração da Operação Omertà contra organização criminosa supostamente envolvida em execuções, em Campo Grande. O pedido feito pela defesa de […]

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O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) emitiu parecer contrário sobre o pedido de prisão domiciliar feiro para o empresário Jamil Name, preso desde o dia 27 de setembro quando da deflagração da Operação Omertà contra organização criminosa supostamente envolvida em execuções, em Campo Grande.

O pedido feito pela defesa de Name alegava que o empresário é idoso, tem 80 anos, além de ter doenças graves como diabetes mellitus e doença pulmonar crônica precisando de cuidados especiais. Jamil Name ocupa desde o dia 12 de setembro uma cela da Penitenciária Federal da Capital, de onde deve ser transferido para Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Em parecer, o Gaeco afirma que para que ocorra a substituição da prisão por domiciliar é necessário que se comprove de modo idôneo que o agente se encontre extremamente debilitado por motivo de doença grave, o que não seria o caso de Name que recusou atendimento médico feito por profissional da penitenciária.

Ainda é relatado, que na penitenciária federal existe toda uma estrutura em parte ambulatorial e alimentícia regrada por nutricionista. Por fim, o Ministério Público pede pelo indeferimento do pedido feito pela defesa, que na última sexta-feira (18) entrou com pedido para que Jamil Name não seja transferido para a penitenciária federal de Mossoró.

O pedido da defesa é que o empresário permaneça preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, ficando assim, próximo a sua família. Ainda segundo a defesa, Name seria réu primário e teria bons antecedentes, e que sua prisão poderia acarretar na sua morte.

No dia 15 deste mês, os desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) negaram o pedido de habeas corpus ao empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, também aos policiais Vladenilson Olmedo e Márcio Cavalcanti.

Omertà

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.

 

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