Polícia reconstitui assassinato de taxista após depoimentos contraditórios

Depois de contradições apresentadas nos depoimentos dos suspeitos de matar o taxista Ademar Berlado Pereira, 60 anos, a Polícia Civil realizou a reprodução simulada do caso, nesta terça-feira (3) em Caarapó, a 273 quilômetros de Campo Grande. De acordo com as informações da polícia, durante os depoimentos, apesar de confessarem a participação no assassinato, os […]

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Corpo foi encontrado em uma localidade conhecida como Pedreira
Corpo foi encontrado em uma localidade conhecida como Pedreira

Depois de contradições apresentadas nos depoimentos dos suspeitos de matar o taxista Ademar Berlado Pereira, 60 anos, a Polícia Civil realizou a reprodução simulada do caso, nesta terça-feira (3) em Caarapó, a 273 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com as informações da polícia, durante os depoimentos, apesar de confessarem a participação no assassinato, os suspeitos apresentaram contradições de como agiram no crime. Diante disto, o delegado titular em Caarapó, Anezio Rosa de Andrade, decidiu proceder com a reprodução simulada dos fatos.

Foram realizadas as reconstituições individualmente com os três envolvidos, além de perícia criminal no carro que foi roubado e depois recuperado pela polícia. Após a reprodução, o inquérito policial sobre o caso foi relatado e encaminhado ao Poder Judiciário.

Prisão e assassinato

O primeiro suspeito preso em ação da Polícia Civil e Polícia Militar foi Paulo Ricardo Cáceres de Lima, 20 anos. Paulo Ricardo contou que ele e outros dois rapazes, um maior e outro menor de idade, teriam ido até a rodoviária do município e contrataram a vítima, de forma aleatória. A ‘corrida’ seria até o bairro Eco Park e eles pagaram adiantadamente pelo transporte.

Ao chegar no local combinado com o taxista, o trio anunciou o assalto e, ao que tudo indica, já começou a golpear a vítima com facadas. Paulo alega que segurou Ademar enquanto os demais desfiaram as facadas ainda dentro do carro. Após, a vítima ainda com vida foi amarada e colocada no porta-malas, sendo que os autores seguiram até a estrada de acesso a cidade de Coronel Sapucaia.

Antes de deixar o corpo no local onde foi encontrado, os criminosos ainda tiveram que trocar o pneu do carro que acabou furando no caminho. Paulo ficou em Caarapó enquanto os demais seguiram até o país vizinho.

O corpo de Ademar foi encontrado na região da pedreira de Caarapó. A vítima foi encontrada com diversas perfurações de faca, pelo menos 20, também com parte do corpo queimado.

Paulo, que já foi preso e condenado por homicídio quando era menor de idade, foi autuado em flagrante pelo crime de latrocínio, que tem pena mínima de 20 anos de reclusão. Foi representada pela sua prisão preventiva ao Poder Judiciário, que foi deferida pela Justiça.

Durante a operação ainda foram presos Flavio Martines Rodrigues, 18 anos e Guilherme Pereira da Silva, 28 anos, que estavam foragidos após a prática do delito de homicídio qualificado ocorrido também em Caarapó no mês de agosto deste ano.

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