Acusado de matar professora a tiros em Três Lagoas recebe alta médica

No fim da noite de segunda-feira (2), Carlos Roberto Felipe, de 59 anos, recebeu alta médica da Santa Casa de Campo Grande. Ele atirou contra a própria cabeça após assassinar a ex-namorada Ângela Maria Jorge, de 62 anos, em Três Lagoas, cidade a 338 quilômetros da Capital.

Segundo a assessoria do hospital, ele recebeu alta às 23h40 de segunda-feira. Sob escolta policial, ele deve ser levado para Três Lagoas, onde passará por audiência de custódia, já que foi preso em flagrante. Nesta terça-feira (3), a Polícia Civil ouve testemunhas sobre o caso de feminicídio.

Histórico de violência doméstica

Contra Carlos há uma denúncia de 2002, ano em que era casado com outra mulher. No dia 4 de setembro daquele ano, ele discutiu e deu vários socos na vítima, que o denunciou. No relato da mulher, ela contou à polícia que ele a agrediu por ela se negar a ter relações sexuais com o marido e ainda a ameaçou de morte.

Feminicídio

O crime aconteceu na noite de sexta-feira (29), por volta de 23h40, na Rua Generoso Siqueira, em frente a um hotel de Três Lagoas. Uma testemunha contou que a vítima pediu para levá-la para casa, momento que Carlos teria dito que levaria Ângela.

Ela teria se recusado a ir, quando o suspeito sacou a arma de fogo e disparou duas vezes no peito de Ângela. Em seguida, ele atirou contra a própria cabeça. No boletim de ocorrência consta a informação que Carlos era ex-namorado da diretora e a encontrou no baile, dançando com outra pessoa. Ele teria ficado com ciúmes, abordado a mulher, mas ela saiu da festa e foi seguida.

Na rua, ele atirou em Ângela e na própria cabeça. Os filhos de Ângela e Carlos presenciaram o crime e a vítima morreu no local. A perícia foi acionada e apreendeu o revólver Taurus calibre 32, que estava municiado com cinco cartuchos, sendo três deflagrados e dois intactos.

No carro de Carlos, que estava aberto e com a chave na ignição, a polícia encontrou uma carteira com os documentos pessoais, R$ 306,00 e um bilhete escrito por ele, com a confissão do crime. No bilhete estava escrito: “foi pela pessoa que tanto amo, mas não foi correspondido por isso que eu vou, mas ela vai junto”