Quadrilha que tentou levar aeronave de fazenda teria roubado outra em 2017

Polícia procura quarto suspeito que seria o piloto

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A polícia suspeita que a quadrilha que tentou assaltar aeronave na madrugada desta quarta-feira (18), em Aquidauana, seja a mesma que roubou um avião na cidade de Coxim no dia 26 de outubro de 2017. Agora, depois da morte de dois integrantes e da prisão do chefe do grupo, policiais procuram um quarto envolvido no crime, que teria a função de pilotar a aeronave até a Bolívia.

De acordo com Marcos Vinícius Polete, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, para ganhar a confiança do proprietário, o chefe do grupo negociou o avião por R$ 500 mil. A real intenção era render a vítima e o caseiro assim que tivesse acesso a fazenda  e em seguida, acionar o piloto que levaria a aeronave carregada com cocaína até o país vizinho. No entanto, o plano inicial foi frustrado depois de o vendedor desconfiar e falar sobre a suspeita com um amigo policial.

“O líder comprou um revólver por R$ 2 mil e entregou a dupla que morreu em troca de tiros com os policiais”, explica o comandante.

O terceiro suspeito apontado como o responsável por planejar o crime foi preso em um hostel em Campo Grande. O autor, que confessou  envolvimento na tentativa de assalto, tem diversas passagens pela polícia, principalmente por estelionato.

O caso

Após denúncia anônima, policiais do Choque foram até o galpão onde estavam os três aviões, em Aquidauana, e fizeram um cerco aos assaltantes. Os suspeitos foram surpreendidos no momento em que invadiam o local.

Os policiais deram voz de prisão aos criminosos, que usavam um revólver calibre 38 e reagiram. A polícia revidou e na troca de tiros acertou os dois. Eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.

Segundo informações da polícia, José Donizeti da Silva, de 52 anos, e Rosival Fernandes da Cruz, de 50 anos, teriam ligações com uma quadrilha do Pará. José Donizete tinha passagens por estelionato e furto.

Já Rosival Fernandes foi preso em 2016 pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Bancos, Assalto e Sequestro) com documentação falsa e estava foragido. Ele ainda teria confessado ser comparsa de Oziel Barbosa em vários homicídios. Oziel morreu em uma troca de tiros com policiais do Garras.

 

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