Se antes o que se via era espera quilométrica, nesta quarta-feira (9), dia em que termina o prazo para que eleitores façam o cadastramento biométrico, a Central de Atendimento ao Eleitor de Campo Grande registrou fila recorde. A procura foi tanta que superou a expectativa do Tribunal Regional Eleitoral que era de atender pelo menos três mil pessoas.
Ao todo, 72 guichês fazem atendimento das pessoas que deixaram a regularização com a Justiça Eleitoral para a última hora e agora, formam verdadei
ro caracol nas extensas filas. Até as 17h20, o painel apontava que cerca de três mil eleitores já haviam conseguido cadastrar a biometria, enquanto mais de mil ainda aguardava atendimento.
O TRE garante que todos os eleitores que chegaram na central até Às 17 horas terão cadastramento realizado.
Uma das últimas da fila, a vendedora Jéssica dos Santos Alves, de 26 anos, contou que saiu do serviço e correu para não perder o horário. Com medo de ter o título cancelado, a trabalhadora contou que mesmo com a fila desanimadora, não sai do local sem regularizar a situação eleitoral.
Ramão Ortiz, de 53 anos, cadastrou a biometria logo quando o serviço foi lançado. “Na época nem peguei fila e fui atendido em meia hora”, lembra. No entanto, o funcionário público teve de voltar a central e agora, com a procura bem maior que antes, para acompanhar a filha que deixou o cadastro para a última hora. “Estou até com dó da minha filha, mas não vamos sair daqui até que tudo esteja certo. O bom é que saindo daqui vou pra um churrasco”, brinca.
Além de não comparecer às urnas, o cidadão que não cadastrar a biometria fica impossibilitado de tirar ou renovar o passaporte, não pode tomar posse de cargos públicos mesmo que tenha aprovação em concurso, tem o salário suspenso em emprego público, não pode participar de processos licitatórios, não pode s
e matricular em instituição pública, não pode pegar empréstimo em bancos públicos, como Caixa Econômica e Banco do Brasil.
Receber auxílios do governo, como o Bolsa Família, por exemplo, também fica vedado para quem estiver sem título de eleitor. Nas capitais de todo o Brasil a biometria é obrigatória, nos municípios interioranos é facultativo, ou seja, se cadastra quem quer.
