Operação Nevada: Investigados por enviar 800 kg de cocaína em aviões até MS, 14 são condenados

Um grupo que chegou a enviar 800 quilos de cocaína, da Bolívia para o Brasil, foi condenado pela 3ª Vara Federal da Justiça Federal em Campo Grande, nesta terça-feira (18). São 14 pessoas condenadas por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes relacionados a armas de fogo. De acordo com a investigação, o grupo […]

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Um grupo que chegou a enviar 800 quilos de cocaína, da Bolívia para o Brasil, foi condenado pela 3ª Vara Federal da Justiça Federal em Campo Grande, nesta terça-feira (18). São 14 pessoas condenadas por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes relacionados a armas de fogo.

De acordo com a investigação, o grupo atuava em núcleos, enviando de avião grandes quantidades de cocaína boliviana, arremessadas em Bodoquena, Bonito e Porto Murtinho, nas proximidades de uma reserva indígena. Depois eram enviadas até a cidade de São Paulo (SP).

Durante a “Operação Nevada” foram apreendidos mais de 800 quilos de cocaína, mais de U$ 2 milhões (dois milhões de dólares americanos), dezenas de milhares de reais pertencentes aos condenados, além de inúmeros imóveis, carros de luxo (como automóveis Land Rover e BMW), diversas joias e outros bens de origem desconhecida.

A polícia descobriu o crime após reclamação de moradores das proximidades de imóvel de alto padrão localizado na rua Serra Nevada em Campo Grande. Na ocasião, policiais federais constataram intensa movimentação de automóveis de luxo pertencentes a empresas fantasmas e reiteradas reuniões de pessoas envolvidas com o tráfico de entorpecentes.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, os líderes e organizadores do esquema tentavam não negociar abertamente por telefone, privilegiando a utilização de aplicativos de mensagem com criptografia e encontros presenciais. Nas conversas interceptadas, utilizavam linguagem cifrada. Também deixavam o transporte de entorpecentes e de dinheiro vivo a cargo de terceiros de menor importância no núcleo.

Facção

A decisão destaca que um dos compradores de cocaína em larga escala é ligado a uma atuante facção criminosa paulista, que estava foragido desde a deflagração da “Operação Nevada”. Ele foi preso recentemente no interior do estado do Ceará, por força do mandado de prisão expedido nesta operação.

“Embora possuíssem atuação conjunta no período inicial das investigações, os líderes gerais dos grupos criminosos – pertencentes a uma mesma família – se desentenderam e passaram a fornecer de forma independente a droga, embora mantivessem elo com o comprador comum, conectado com a facção criminosa”, relata a decisão.

Os grupos atuavam na Bolívia e nas cidades de Campo Grande, Bodoquena, Bonito e Porto Murtinho, no estado de Mato Grosso do Sul, e em São Paulo (SP).

“A mesma era arremessada por traficantes bolivianos em aviões que sobrevoavam terras circunvizinhas à reserva indígena dos índios Kadiwéu no Estado de Mato Grosso do Sul, posteriormente recuperada pelos membros do grupo criminoso e muitas vezes enterrada, até que as negociações com os compradores da droga obtivesse desfecho. Outro dos núcleos associativos possuía parte de sua estrutura permanentemente instalada em solo boliviano, para preparo e envio da droga desde as áreas de exportação”, destaca a decisão. *Com informações da Justiça Federal 

 

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