Intervenção no RJ terá reflexos em MS e PF prepara operações no Estado

Fronteira é o maior desafio das forças de segurança

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Fronteira é o maior desafio das forças de segurança

Intervenção federal no Rio de Janeiro decretada pelo presidente Michel Temer (PMDB) há pouco mais de 10 dias deve causar impactos na segurança de Mato Grosso do Sul, pelo menos essa é a avaliação do novo superintendente da Polícia Federal no Estado, Luciano Flores. O chefe da PF afirma que operações policiais devem ser desencadeadas no Estado em breve.

A estratégia do Governo Federal em assumir o controle da segurança do Rio é uma tentativa de diminuir os números de criminalidade que só tem aumentado e assustado o carioca. Um dos objetivos da intervenção é fazer com que facções criminosas, como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho percam capital financeiro e consequentemente poder.

Tradicional porta para o tráfico de drogas e armas, Mato Grosso do Sul é uma região estratégica para que as forças de segurança estendam as ações iniciadas no Rio de Janeiro. Para o delegado Luciano, os reflexos locais são quase que imediatos.

“A partir do momento que temos uma fronteira que abastece aramas, munições e drogas para facções criminosas, tudo que diz respeito a elas, seja fortalecimento ou repressão, reflete aqui, onde é a passagem, onde existem bases das organizações que atuam em São Paulo e no Rio de Janeiro”, afirma o superintendente.

Ainda na avaliação do delegado, a fronteira entre Brasil-Paraguai-Bolívia no trecho que passa pelas cidades de Foz do Iguaçu (PR) e Corumbá é considerado “o mais sensível e importante do Brasil para combater o crime organizado”.

O superintendente espera que apoio de outras instituições como Exércio, Marinha e Receita Federal seja intensificado para que os trabalhos da PF tenho sucesso. “As facções devem sempre estar sob análise dos órgãos policiais e dos governamentais, seja militar ou civil”.

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Ministério

Outra novidade no combate à violência no país e principalmente no Rio de Janeiro, é a criação do Ministério da Segurança Pública, oficializada nesta terça-feira (27) com publicação no Diário Oficial da União.

Atualmente sob comando do Ministério da Justiça, a PF passará a ser subordinada direta desse novo ministério. A mudança. Segundo o superintendente, precisa ser acompanhada de investimentos.

“Não é com discurso que equipa polícia, é com dinheiro, independente do nome do Ministério, o que importa é o investimento que se faz”, completa.

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