Furto de energia: 2 são presos em apenas duas horas em bairro chique da Capital
Ao menos duas pessoas foram presas em flagrante bairro Carandá, um dos mais nobres da Capital, na manhã desta sexta-feira (9) durante operação da Energisa que fiscaliza pontos suspeitos de furto de energia ou fraude em medidores. Mas, o número pode ser ainda maior, já que a operação – realizada em parceria com a 3ª […]
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Ao menos duas pessoas foram presas em flagrante bairro Carandá, um dos mais nobres da Capital, na manhã desta sexta-feira (9) durante operação da Energisa que fiscaliza pontos suspeitos de furto de energia ou fraude em medidores.
Mas, o número pode ser ainda maior, já que a operação – realizada em parceria com a 3ª DP (Delegacia de Polícia) – segue até o fim do dia. Até o momento, somente cerca de 10 de 60 locais sob suspeita foram fiscalizados. Entre os locais onde as prisões em flagrante foram realizadas estão duas mansões, um escritório de advocacia e uma empresa de comunicação.
De acordo com Ercílio Diniz Flores, gerente de combate às perdas da Energisa, a concessionária consegue monitorar e avaliar o consumo por meio de um sistema inteligente, que indica aos técnicos se há indícios de fraude. As denúncias de populares também ajudam a flagrar os crimes.
“Chegamos a esses pontos suspeitos e estamos investigando um a um. Caso seja constatada a irregularidade, o medidor é retirado e passa por uma perícia, em seguida recebe um parecer do Inmetro”, destaca.
A delegada da 3ª DP, Deborah Mazzola, explicou que assim que se confirma o furto de energia, o flagrante já pode ser aplicado e a pessoa é conduzida à delegacia, onde será arbitrada a fiança. Mazzola concederá ainda hoje uma coletiva de imprensa detalhando todas as autuações.
Furtos e fraudes
De forma geral, existem três tipos de fraude de energia que são largamento utilizados em Mato Grosso do Sul. O primeiro deles é o jumper, o mais comum, que consiste num desvio no fornecimento de energia – parte dela não passa pelo medidor e com isso a conta vem mais barata.
A segunda, também comum, é danificar o medidor de forma que o registro do consumo fique prejudicado. Já o terceiro é a inversão de fase, na qual uma troca é feita para que o relógio não consiga registrar corretamente o consumo.
A Energisa afirma que anualmente sejam realizadas, somente em Mato Grosso do Sul, cerca de 24 mil autuações por furto de energia ou fraude em medidores, o que é considerado crime e pode render prisão em flagrante. Somente a energia furtada em Campo Grande daria para abastecer por um mês a cidade de Corumbá, que tem cerca de 110 mil habitantes. Em todo MS, o prejuízo é estimado em cerca de R$ 150 milhões.
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