A PF () deflagrou, na manhã desta terça-feira (27), a sexta fase da operação Lama Asfáltica em Mato Grosso do Sul para o cumprimento de 29 mandados.

Nesta fase, denominada Computadores de Lama, as investigações foram baseadas nas remessas clandestinas de valores para o exterior feitas por proprietários de empresas de informática investigadas nas fases anteriores da operação.

São cumpridos 29 mandados, sendo quatro de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias dos investigados e empresas investigadas.

O empresário João Baird, apontado como suposto dono de um conglomerado de informática em Mato Grosso do Sul, foi preso na manhã desta terça-feira (27). 

As cidades alvos da operação são , Jaraguari, Dourados e Paranhos. Ao todo, 100 policiais federais, 17 servidores da CGU e 33 servidores da Receita Federal participam da operação.

Em todas as fases da operação Lama Asfáltica, 57 pessoas foram denunciadas, entre elas o ex-governador do Estado André Puccinelli, que está preso desde julho deste ano em uma das fases deflagradas pela Polícia Federal.

A ação faz buscas na Capital no TCE-MS (Tribunal de Contas Estadual de Mato Grosso do Sul), no Alphaville e no prédio onde mora um advogado. No Tribunal, funcionários informaram que as buscas são feitas no gabinete de um dos conselheiros, mas que o mandado seria contra um assessor, Félix Nunes da Cunha.

Prejuízos

Os prejuízos causados, somando-se todas as seis fases da Operação  consideradas as fraudes, valores concedidos irregularmente como benefícios fiscais e as propinas pagas a integrantes da Organização Criminosa passam dos R$ 432  milhões.

Entre 2012 e 2017, o conglomerado econômico que seria supostamente do empresário João Baird já recebeu pouco mais de R$ 792 milhões do governo de Mato Grosso do Sul, por serviços na área de TI (Tecnologia da Informação).

Dinheiro no exterior

Jornal Midiamax revelou um dos supostos esquemas de envio de dinheiro para o exterior. Erros grotescos na operação do suposto esquema de lavagem que envolveria os dois maiores fornecedores do governo de Mato Grosso do Sul, João Amorim e João Baird, poderiam revelar como verbas públicas teriam sido dragadas dos cofres estaduais e federais por intermédio de obras e serviços contratados nas gestões estaduais anteriores e levadas para fora do Brasil.