Gritos de socorro vindos de crianças presas dentro de uma casa em chamas deixaram moradores da região do Parque do Lageado, em , desesperados na manhã desta terça-feira (10). Sete crianças estavam na casa no momento do incêndio, entre elas um bebê de 10 meses.

Uma vizinha contou ao Jornal Midiamax que acordou com os gritos das crianças. Um idoso de 60 anos entrou em desespero ao ver o bebê chorando e caído no chão da casa e enfrentou as chamas. Ele inalou muita fumaça e também foi levado para atendimento médico.

A bebê teve rosto, costas, pernas e mãos queimadas e aguarda uma avaliação cirúrgica. A criança permanece internada em estado grave, mas respira sem ajuda de aparelhos.

Ele conseguiu quebrar as grades da janela e entrar para retirar o bebê, que já estava desfalecendo e estava com os cabelos queimados. Outra criança de cinco anos que foi retirada da casa tinha as roupas queimadas grudadas ao corpo.

Na hora do desespero, todo mundo ajudou. Um motorista que passava pela rua no momento do foi parado pelos vizinhos e levou os feridos para atendimento médico em uma unidade de saúde.

Uma das vizinhas disse que as crianças gritavam que iriam morrer. “Me socorre, eu vou morrer”. O medo de quem tentava ajudar ficou maior quando elas pararam de gritar. “Achei que tivessem morrido”, falou uma vizinha de 37 anos.

A mãe das crianças também estava muito queimada e em estado de choque. Ela foi com o bebê para o hospital.

Quando as cinco viaturas dos bombeiros chegaram ao local, os feridos já haviam sido resgatados pelos populares. Foram necessários 500 litros de água para conter as chamas, que destruíram os cinco cômodos da casa.

A suspeita é de que o fogo tenha começado com um curto-circuito na cozinha e se alastrando rapidamente. A perícia deve determinar o que de fato teria acontecido.

O tenente Falcão do Corpo de Bombeiros afirmou que não é recomendado entrar em uma casa em chamas, já que se pode virar mais uma vítima, mas disse entender o sentimento de ajuda. “Os bombeiros são treinados para esta situação”, enfatizou.

Como a casa  ficou destruída, a família agora precisa de ajuda para reconstruir a vida. Quem puder ajudar com fraldas, roupas, cobertores ou alimentos pode ligar para o telefone 9 9307-9635 e falar com a Carol.

(Foto: Marcos Ermínio)

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