Acusado de ocultar corpo de cunhada e esfaquear esposa, Hugleice é interrogado no MT

Hugleice da Silva, de 35 anos, foi interrogado nesta terça-feira (4) no município de Rondonópolis, em Mato Grosso, acusado de esfaquear a esposa. O homem estava foragido e teria se escondido na casa de familiares em Dourados, Mato Grosso do Sul. De acordo com as informações da defesa, Hugleice foi interrogado no Fórum de Rondonópolis. […]

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Hugleice da Silva, de 35 anos, foi interrogado nesta terça-feira (4) no município de Rondonópolis, em Mato Grosso, acusado de esfaquear a esposa. O homem estava foragido e teria se escondido na casa de familiares em Dourados, Mato Grosso do Sul.

De acordo com as informações da defesa, Hugleice foi interrogado no Fórum de Rondonópolis. O interrogatório durou cerca de duas horas.

Ele afirmou que já estava desconfiado de uma traição. “Ele viu um SMS no celular da esposa de um vizinho deles. Depois achou fotos  do vizinho e da esposa na cama, fotos que já estavam na lixeira do celular”, contou o advogado José Roberto da Rosa, que acompanhou todo o procedimento.

Ainda, de acordo com o acusado, ao ver as fotos, iniciou uma discussão entre o casal. “Ela pegou uma faca e eles entraram em luta corporal, acabou que ela foi esfaqueada. Ele disse que não tinha a intensão de machuca-la”, afirma a defesa.

O advogado ressalta que Hugleice fugiu no momento com medo, mas já tinha a intensão de se apresentar. “Agora vou enviar um pedido de Habeas Corpus, para que ele possa responder em liberdade”.

Hugleice está preso na Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis.

Caso Marielly

Hugleice é acusado de esconder o corpo da cunhada, Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, em um canavial em Sidrolândia, em 2011 depois de um aborto malsucedido.

O advogado afirmou que não há provas materiais que indiquem que Hugleice teria tido um caso extraconjungal com a cunhada, já que nenhum exame que comprovasse a materialidade foi feito na época. “Tudo não passou de especulação”, afirmou.

Na época do crime, Hugleice ficou preso por 45 dias e para a condição de sua liberdade deveria deixar atualizado seu endereço. De acordo com Rosa, ele estava trabalhando como gerente em uma empresa de sementes em Mato Grosso.

O crime, que causou comoção em Campo Grande, veio à tona quando foi registrado o desaparecimento de Marielly Barbosa Rodrigues no dia 21 de maio de 2011. O corpo da jovem foi encontrado no dia 11 de junho em um canavial em Sidrolândia, já em adiantado estado de decomposição.

Em investigações, a polícia chegou à conclusão que Marielly foi vítima de um aborto malsucedido cometido pelo enfermeiro Jodimar Ximenez Gomes.

No inquérito que apurou a morte também foi apontada participação direta do cunhado, Hugleice da Silva, na época com 28 anos. Ele teria engravidado a jovem e contratado o enfermeiro Jodimar para realizar o aborto. Tudo como uma tentativa de encobrir a traição, já que a esposa de Hugleice era irmã de Marielly.

Durante a época das investigações, tanto a mãe quanto a irmã de Marielly afirmaram que colocariam a “mão no fogo” por Hugleice, e que ele não seria capaz de cometer o crime

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