Presos fazem greve de fome no Presídio Federal e marmitas são doadas

Doadas aos trabalhadores do lixão

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Doadas aos trabalhadores do lixão

Com uma greve de fome por parte dos presos do Presídio Federal de Campo Grande por causa da suspenção das visitas íntimas, as marmitas que sobram são doadas aos trabalhadores do lixão de Campo Grande, que fica ao lado do presídio no macroanel da BR-262. Ao todo, o Presídio Federal tem aproximadamente 140 presos.Presos fazem greve de fome no Presídio Federal e marmitas são doadas

Nesta sexta-feira (28), nove dos 27 presos transferidos de duas penitenciárias do Rio Grande do Sul, foram trazidos para o Presídio Federal de Campo Grande. 

De acordo com o SINAFEP (Sindicato dos Agentes Federais de Execução Penal em Mato Grosso do Sul), desde o dia 28 de junho, quando a suspensão das visitas íntimas foi prorrogada, sobram marmitas no presídio. Segundo o sindicato, em um único dia já sobraram em torno de 40 marmitas.

Desde o dia último dia 28 de junho, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) prorrogou a suspensão das visitas íntimas nos quatro presídios federais do Brasil, incluindo o de Campo Grande. 

Segundo o Depen, as visitas íntimas são utilizadas pelas facções criminosas para passar ordens aos comparsas que estão em liberdade. Recentemente, o órgão descobriu um esquema operado por presidiários para assassinar servidores do sistema penitenciário federal.

Três servidores do sistema penitenciário federal foram assassinados desde setembro de 2016. A última morte ocorreu em Cascavel, no Paraná, no dia 25 de maio, quando a psicóloga do presídio de segurança máxima de Catanduvas, Melissa Almeida, foi assassinada com dois tiros de fuzil na cabeça em uma emboscada.

O Depen acredita que a morte tenha sido encomendada pelo PCC (Primeiro Comando Central). A facção criminosa estaria planejando a morte de oito servidores de penitenciárias federais,  inclusive em Campo Grande.

Para barrar as conversas entre integrantes de facções de dentro e de fora dos presídios, o Departamento liberou apenas as visitas de parlatório, quando não há contato físico entre os presos e os visitantes. 

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