Preso teria sido morto na Máxima por fazer ‘negócios’ com o Comando Vermelho

Teria vendido ou intermediado venda de drogas

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Teria vendido ou intermediado venda de drogas

O detento Júnior César Franco Pietro, de 41 anos, teria sido morto por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) por fazer “negócios” com o Comando Vermelho. De acordo com informações apuradas, Júnior vendeu ou intermediou a venda de drogas junto com o CV (Comando Vermelho). 

Nessa guerra de facção, o presídio da Máxima em Campo Grande é comandado pelo Primeiro Comando da Capital. Na semana passada, áudios atribuídos a líderes das facções traziam ameaças de execuções.

Júnior não seria do PCC, porém convivia com integrantes da facção no presídio. Ele foi encontrado morto enforcado no solário B, do Pavilhão 2, local de baixa visibilidade dos agentes penitenciários. O preso dividia cela com outros 21 detentos, mas foi encontrado na hora do banho de sol, ou seja, quando om todas as celas abertas, vazias e com os presos no pátio. 

A Polícia acredita que ele foi morto em outro local da penitenciária e depois levado ao solário onde teve o pescoço amarrado. De acordo com a polícia, Júnior cumpria pena por passagens por tráfico de drogas, roubos, receptação, roubo qualificado e corrupção de menores.

O achado do corpo foi possível durante o fim do banho de sol e início do fechamento das celas. Além da marca de enforcamento, o detento apresentou outras marcas pelo rosto, que reforça a idéia de que ele não cometeu suicídio. O interno estava sem camiseta e apenas de cueca e bermuda.

Os agentes penitenciários que estavam no local, disseram à polícia, que o detento não havia pedido proteção ou afirmado sofrer ameaças. A Perícia deve analisar as reais causas da morte.
Por causa do clima tenso, o Governo do Estado solicitou a transferência de 22 presos, como parte de uma movimentação de detentos feita pela União, depois de massacres ocorridos em presídios do Amazonas e de Roraima.

Naviraí

No início da tarde de quinta-feira (12), Cristiano Carvalho de Mello, de 29 anos, foi encontrado morto em uma cela do Presídio de Segurança Máxima de Naviraí, município distante 359 quilômetros de Campo Grande. Ele estava com uma corda enrolada no pescoço.

Cristiano estava na cela 4 do Pavilhão VI desde terça-feira (10). Ele é apontado como membro da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) e um dos líderes da rebelião que ocorreu no presídio no início de agosto de 2016. Ele foi transferido para Campo Grande, mas retornou há três dias para Naviraí.

Agentes penitenciários encontraram o preso enforcado com uma corda, enrolada ao pescoço e amarrada na grade da cela. Polícia Civil e Perícia foram acionadas para irem até o local e registraram o caso como morte a esclarecer. (Colaborou Danielle Valentim, Clayton Neves e Renata Portela)

 

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