Preocupado com fronteira, governador critica União por cortar verba da PRF
Paralisação é vista como absurda por Azambuja
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Paralisação é vista como absurda por Azambuja
Preocupado com a falta de policialmente na fronteira de Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) garantiu nesta quinta-feira (6) que vai pressionar o Governo Federal e assim tentar evitar a suspensão das atividades da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no Estado. O uso do helicóptero e até o funcionamento de unidades operacionais nas rodovias, correm riscos por falta de repasses de orçamento para a corporação.
“Primeiro é absurdo paralisar as atividades já que são precárias a presença de foças federais na fronteira com Bolívia e Paraguai, tem que ser questão de prioridade. Agora é a pressão para que não diminua, pelo contrário, que venha mais efetivo para fortalecer estruturas hoje feitas por policiais nossos”, afirmou.
Para o governador, a segurança na divisa de Mato Grosso do Sul com os dois países vizinhos, hoje, é feita prioritariamente pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e pela Polícia Rodoviária Estadual.
O abandono da fronteira pelo Governo Federal é uma reclamação antiga e uma luta frequente do governador, desde que a guerra pelo controle do crime se intensificou na região. Na terça-feira (4), Azambuja se reuniu com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, para conversar sobre a paralisação da PRF.
Segundo governador, o ministro garantiu fazer o possível para que a fronteira não tenha as estruturas afetadas pela situação. As rodovias de Mato Grosso do Sul somam mais de 1.500 quilômetros de fronteira seca com o Paraguai e a Bolívia.
Entenda
Segundo a PRF, escoltas de cargas em rodovias federais, atividades aéreas de resgate e policiamento e desativação de unidades operacionais estão na lista do que deverá deixar de ser feiro pelos policiais, devido a programação orçamentária e financeira imposta pelo poder executivo federal.
A programação limita os pagamentos de diárias, combustível e manutenção e em consequência disso, a paralisação das atividades. Conforme a assessoria de comunicação, a prioridade será o atendimento a acidentes com vítimas e combate a ilícitos. Até a horário de funcionamento das unidades administrativas será alterado.
“Se necessário, tudo será readequado para atender o que mais importante. Em acidentes, por exemplo, serão priorizados os que tenham vítimas graves ou mortos”, afirma o inspetor Kleryson Loureiro.
Em nota, o Sinprf-MS (Sindicato dos Policiais Rodoviários de Mato Grosso do Sul) informou que recebeu com “extrema preocupação” a notícia da possível suspensão dos serviços, já que o Estado faz fronteira seca com países conhecidos pela produção de drogas, sendo considerado corredor de escoamento para grandes centros.
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