Polícia investiga relação de brasileiro morto em Assunção com Rafaat

Participação do PCC na morte de casal não é descartada

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Participação do PCC na morte de casal não é descartada

Agentes da polícia paraguaia investigam a relação que o brasileiro Paulo Jacques, morto com a namorada Millena Soares nesta segunda-feira (2) em Assunção, mantinha com o narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, executado em Pedro Juan Caballero durante uma violenta emboscada em junho de 2016. O casal morou em Dourados, distante 228 quilômetros de Campo Grande, e havia ido à capital do Paraguai para passagem do réveillon.

Nesta tarde, o jornal ABC Color divulgou que os investigadores desconhecem se Jacques era amigo ou trabalhava para Rafaat, mas estão seguros que eles mantinham algum tipo de relação. Ainda de acordo com a publicação paraguaia, uma das hipóteses que ganha força é de participação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no ataque a tiros.

Jaques, de 41 anos, a namorada Milena, de 26 anos, e a irmã dela, estavam em uma caminhonete Toyota Hilux quando duas outras picapes ocupadas por pistoleiros os acompanharam efetuando disparos de arma de grosso calibre por ao menos dois quarteirões da Rua Dionisio Jara. Baleado, o condutor perdeu o controle e colidiu já na esquina da Rua Tenente Lilio Cantalupi, no bairro Republica, em Assunção.

Também de acordo com o ABC Color, Milena era natural de Dourados, onde Jacques mantinha uma empresa de telefonia celular. Apenas a irmã de Milena sobreviveu ao violento ataque.

JORGE RAFAAT

Jorge Rafaat Toumani, com quem a polícia paraguaia investiga se Jacques mantinha relações, era conhecido como “Rei da Fronteira”, apontado por autoridades brasileiras como chefe do narcotráfico na divisa entre Brasil e Paraguai.

Rafaat foi executado no dia 15 de junho de 2016, numa violenta emboscada que utilizou fuzil antiaéreo calibre .50 para perfurar a blindagem do veículo utilizado pela vítima. Esse rumoroso crime ocorreu em Pedro Juan Caballero e teria sido motivado por disputas que envolvem o controle do tráfico de drogas e armas na região de fronteira.

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