Em 2016, havia sido absolvido no Brasil

Após ser absolvido pelos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores, em novembro de 2016, pelo juiz Odilon de Oliveira, o narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, que cumpre pena no Paraguai conseguiu se livrar da acusação de fraude, após acordo entre as partes em audiência, nesta quarta-feira (29).

O narcotraficante brasileiro, que também é suspeito de ter sido o mandante da morte do traficante paraguaio Jorge Rafaat Toumani, assassinado em uma emboscada em junho de 2016, em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã, foi absolvido em audiência de instrução e julgamento, em um processo por fraude de 2013.

O processo foi extinto, após acordo entre as partes.

Conforme o ABC Collor, de Assunção, a Justiça paraguaia deu-se por satisfeita com o acordo feito entre Jarvis Pavão e Victor Ramirez Aguirre. Com isto, o caso, que perante a Lei, protege o patrimônio das pessoas foi concluído.

Este feito teve origem com a de um imóvel em Pedro Juan Caballero, que o brasileiro, atualmente recolhido na Agrupação Especializada, nunca pode transferir ao querelante logo após a concretização do negócio, pois, o dito imóvel estava indisponível pela Justiça.

Antes do início da audiência, a advogada de Pavão, Laura Casuso, já havia adiantado que não se esperava condenação, pois, as partes já haviam alcançado um modo de sanar a demanda. O Tribunal chancelou o acordo, medida legal em casos que tratam do patrimônio de terceiros.

No início, o caso parecia uma manobra do brasileiro para evitar a Justiça brasileira, já que uma condenação por fraude é menor que uma por crimes de tráfico de drogas. Sem embargo, sua defensora disse que seu cliente tem praticamente cumprida a pena da condenação no Brasil e que caso ocorra a extradição de Jarvis Pavão, ele cumpriria algo em torno de 90 dias, no máximo, preso, para obter o livramento condicional.