Para não morrer, jovem diz que matou desafeto com cinco tiros e se entrega
Disputa por boca de fumo teria motivado o crime
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Disputa por boca de fumo teria motivado o crime
A disputa por um ponto de vendas de drogas no Jardim Centenário teria sido o motivo para Welson Alexandre de Oliveira da Silva, de 23 anos, matar com cinco tiros Max Willian Garcia da Silva, de 20 anos, na tarde de sábado (31). Nesta quinta-feira (5) ele procurou a 5ª Delegacia de Polícia Civil e confessou que decidiu assassinar o desafeto antes que fosse morto.
O delegado Jairo Carlos Mendes, responsável pelo caso, relatou a equipe do Midiamax que desde o dia do crime as equipes da delegacia passaram a investigar o caso e chegaram ao nome de Welson Alexandre como autor. Um adolescente, já identificado e um usuário de drogas que auxiliou na fuga do suspeito também são procurados pela polícia.
“Para não ser pego, o ‘Xande’ fugiu para um assentamento sem-terra e quando percebeu que ia ser preso procurou um advogado”, explicou o delegado. Como a equipe já tinha a identificação e a localização do rapaz, ele foi a polícia e fez um acordo, já que não estava em situação de flagrante, confessaria o crime e responderia em liberdade.
Nesta tarde, Welson Alexandre, vulgo ‘Xande’, contou para a polícia que a confusão com a vítima começou em uma abordagem dos investigadores da própria delegacia. Dois dias antes do crime, equipes da 5ª Delegacia de Polícia Civil foram até um campo de futebol do bairro, conhecido como ponto de tráfico na região e em vistoria encontraram porções de drogas.
No local, os policiais não conseguiram identificar o proprietário do entorpecente, mas permaneceram com três suspeitos para averiguação. Sabendo que Max Willian era o dono das porções, ‘Xande’ relatou que pediu para ele assumisse o fato para a polícia, antes que outro fosse preso no seu lugar.
Dois dias se passaram e na tarde de sábado (31), a vítima voltou no campo de futebol e encontrou ‘Xande’ lá. Foi então, segundo o autor, que Max Willian exigiu que ele deixasse o local e afirmou que ele comandaria o ponto. “O Max pediu para ele sair dali, mediante ameaça. Alegou que ele não podia ficar ali e se ficasse ia morrer”, contou o advogado de defesa, Jakson Yamashita.
Ainda conforme o suspeito, ao sair do campo, a vítima afirmou que um dos dois morreria naquele dia e para se defender foi atrás de uma arma. Em questão de 20 minutos, ‘Xande’ pegou em carona com um usuário, que ele afirma não conhecer, e com ajuda de uma adolescente encontrou um revólver calibre 357. Ele voltava para o campo de futebol, onde ia continuar a briga quando encontrou a vítima no caminho.
Max desceu do carro para tirar satisfação com o rapaz, que nesse momento sacou o revólver e efetuou cinco disparos contra o desafeto, que morreu no local. Após o crime, ele fugiu no com ajuda do conhecido e afirmou ter jogado a arma em um córrego da Capital.
‘Xande’ tem passagens pela polícia desde a adolescência e foi preso em flagrante duas vezes, uma por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e outra por tráfico de drogas. O caso segue em investigação.
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