Para Bombeiro, frustração foi não encontrar garoto Kauan vivo neste ano

Menino foi morto após sofrer abuso sexual

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Menino foi morto após sofrer abuso sexual

Um dos casos policiais que mais chamou a atenção da população campo-grandense neste ano de 2017 foi o que envolveu o garoto Kauan Andrade, de 9 anos de idade, que morreu depois de sofrer abuso sexual praticado por um professor, no Coophavila II.

A princípio, as informações davam conta que o corpo do garoto teria sido jogado nas águas do córrego Anhanduizinho, mas as últimas informações davam conta que o corpo teria sido esquartejado e até hoje, passados seis meses, nenhum vestígio foi encontrado.

O Copo de Bombeiros trabalhou por cerca de 10 dias, na tentativa de encontrar o corpo dp garoto e a cada dia que passava, além do cansaço era possível observar o sentimento dos militares. Embora recebem treinamentos específicos para controlar a emoção em qualquer situação era visível que todos acabavam abatidos a cada dia de buscas frustradas.

O segundo tenente Baungardt esteve à frente das buscas por vários dias e acompanhou de perto a emoção dos familiares. “Embora sejamos preparados, não podemos nos furtar às emoções. O nosso sentimento de dever cumprido era de encontrar o garoto, mas infelizmente não conseguimos. Percorremos mais de 10 km do leito do córrego e depois utilizamos vários recursos como buscas pelas margens e utilização de cães, mas não conseguimos êxito. Nos colocamos no lugar da família e a cada dia de buscas as esperanças se renovavam, mas infelizmente não encontramos nada. Mas posso garantir que nos empenhamos ao máximo”, afirmou o tenente.

Relembre o caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca. Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O homem suspeito de ser pedófilo foi preso no dia 21 de julho, no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo corpo do menino. De acordo com o delegado, o suspeito negou as acusações, mas com o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, não há dúvidas de que a vítima era Kauan.

Sobre o local onde o corpo foi deixado, segundo a autoridade policial, o adolescente apresentou contradição. Ele afirma que entrou no carro do suspeito, com o corpo no porta-malas, mas que não desceu do veículo para jogar o menino. O criminoso teria ido sozinho às margens do córrego e permanecido por aproximadamente 30 minutos. No final das investigações, a polícia chegou à conclusão que o corpo teria sido esquartejado.

Durante todo o dia 22 de julho, a polícia e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas pelo corpo de Kauan no Córrego Anhanduí. Apenas um saco de lixo com fios de cabelo foi encontrado.

Uma amiga da família de Kauan contou a equipe do Midiamax que ele era ‘fissurado’ por pipas e que suspeita que isso pode ter sido usado pelo suspeito para atrair o menino. “Ele colecionava pipas, chegava a esconder a pipa em cima da casa para os irmãos não estragarem”. O homem já teve a prisão preventiva decretada por estupro de vulnerável e exploração sexual.

 

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