Operação Xadrez: defesa diz que vereador apenas prestou depoimento

Caso não teria relação com questões políticas

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Caso não teria relação com questões políticas

O vereador reeleito de Corumbá, Yussef Mohamad El Sala (PDT), foi conduzido até a sede do MPE (Ministério Público Estadual) do município na manhã de segunda-feira (23) apenas para prestar depoimento. A afirmação foi feita pelo advogado do político, Márcio Saldanha.

Ainda conforme declaração do advogado ao site Folha MS, o fato não tem qualquer envolvimento com questões políticas, já que o vereador teria prestado depoimento na condição fisioterapeuta, profissão que também exerce. Conforme o advogado, Yussef foi conduzido coercitivamente e não foi cumprido outro mandado na casa ou clínica dele.

“Não houve nenhum mandado de busca na minha do Yussef, conforme divulgado, ele foi encontrado em casa e conduzido até a clínica e posteriormente até a sede do MPE. O que houve foi uma condução coercitiva para se prestar depoimento referente a declarações clinicas emitidas pelo profissional de fisioterapia e não atestados médicos como também foi noticiado”, afirmou.

O advogado reforçou ainda que não há fraudes nas declarações, emitidas a pessoas que realizam tratamentos na clínica e estariam as entregando como uma possível justificativa para não apresentação ao regime semiaberto. “Ele atende diversas pessoas na clínica e as que necessitam, é prescrito uma declaração recomendando o repouso durante o tratamento. Não que esta declaração tenha a finalidade de isentar o paciente de uma apresentação perante a justiça, até porque as pessoas que comparecem na clínica não são acompanhadas por escolta ou algum tipo de identificação que a mencionem como um detento, não há como saber qual a finalidade que o paciente possa aplicar a esta declaração, que relativamente não é um atestado, o que existe é uma interpretação errônea dos responsáveis pelo sistema prisional em aceitar tais declarações como justificativa de ausência”, ressaltou Márcio Saldanha.

Após prestar os esclarecimentos, Yussef foi liberado e prossegue exercendo normalmente suas funções profissionais. “É preciso ter discernimento para entender a condição em que ele foi ouvido, Yussef contribuiu para a investigação e em uma suspeita verificada pela justiça em que estariam usando indevidamente as declarações profissionais emitidas por ele”, concluiu.

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