PF prendeu 19 PMs em seis cidades do MS em 2006

Dez policiais militares rodoviários foram condenados, pela Vara da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por corrupção passiva majorada. Eles foram presos pela Polícia Federal na ‘Operação Gato de Botas’, em setembro de 2006.

Consta em despacho, publicado na quinta-feira (4), julgamento parcial de mérito da denúncia que listava crimes como formação de quadrilha, falsificação de documentos, receptação de veículos, contrabando e descaminho, prevaricação, corrupção passiva e tráfico de drogas. 

Foram sentenciados à prisão em regime fechado o tenente Mauro Mauricio Da Silva Alonso (5 anos), subtenente Sidinei Jose Berwanger (6 anos e 8 meses) e o 3º sargento Antônio Rodrigues Aleixo (8 anos).

Também estão na lista os cabos João Ramão Recalde (10 anos), Carlos Ovídio Pedroso (8 anos e 4 meses), José Carlos Aquino de Andrade (7 anos e 6 meses), Rovany Ferreira Penedo (5 anos), José Adão Pereira da Silva (5 anos) e o soldado Edival Ferreira da Silva (5 anos).

Por outro lado, enquanto os demais réus foram reformados ou para a reserva, entre 2006 e 2015, Ademir Assyres Rodrigues acabou excluído da corporação por decisão judicial no ano passado. Ele, que atuava como cabo, foi condenado a 4 anos, 9 meses e 18 dias de prisão.

Cinco presos durante a operação, de acordo com sentença do juiz Alexandre Antunes da Silva, foram absolvidos por “não existir prova suficiente para a condenação”. São eles os sargentos Francisco Antônio de Souza, Marcílio Dias de Oliveira e Angélica Aparecida da Silva Ferreira, assim como os cabos Inácio Messias Freitas, Hildebrando Jorge Barros Fraga e Roberto dos Reis Costa.

Outros três envolvidos tiveram denúncia arquivada durante o processo, caso dos sargentos Francisco Antônio de Souza, Paulo Melin Filho e Geraldo Magela. O último foi encontrado morto, com hipótese de suicídio ou mesmo queima de arquivo, em outubro de 2006.

Operação

Em setembro de 2005, operação da Polícia Federal prendeu 19 policiais rodoviários estaduais acusados de formação de quadrilha, tráfico de drogas e descaminho em seis municípios do Estado. Denúncia partiu de traficante catarinense preso um ano antes.

Com exceção de Mauro Maurício, autuado por porte ilegal de arma na época, todos foram soltos duas semanas depois da prisão.